“BlacKkKlansman”, Nelson Mandela e Oscar Pistorius.

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Por Osvaldo Tetaze Maia

Em 1989 fui pela primeira vez a África do Sul para visitar um amigo meu em Joanesburgo (Johannesburg ou JB ‘Jay Bee’ em inglês, como dizem por lá), Vander Moreira e sua família, que à época era Treinador de Futebol e foi um dos primeiros brasileiros que desbravaram e trabalharam no futebol do Continente Africano desde a década de 70.

Com Vander Moreira e sua família em Joanesburgo, 1989

Restaurante típico de Joanesburgo em 1989

O regime “apartheid”, que durou de 1948 a 1994 ainda estava vivo naquele país em 1989, mas por aqui neste lado do mundo pouco ou quase nada se falava e se sabia disso, muito menos o que significava esse termo que até hoje não encontrou uma palavra para sua tradução ao português, mas sim uma expressão: “Regime de Segregação e Discriminação Racial da África do Sul”, um dos mais vergonhosos e desumanos períodos da humanidade.

Em 1989 Mandela ainda estava preso na Ilha Robben, em frente à Cidade do Cabo, há mais de vinte anos, e o mundo ainda não havia se rebelado veementemente contra o tal “apartheid”, e por aqui também pouco ou nada se sabia sobre Nelson Mandela.

Mandela visitando a prisão em 1994 após ser eleito Presidente.

Mandela For President

Localização da Ilha Robben

Entrada da Prisão da Ilha Robben

Hoje (talvez), podemos rir de um episódio narrado pelo ex-volante Amaral em um programa da ESPN há alguns anos, que numa entrevista dele ao chegar com a Seleção Brasileira a Joanesburgo na década de 90, no Hotel um repórter Brasileiro veio lhe perguntar o que ele achava do “apartheid” na África do Sul, e ele respondeu: “ué, se é um jogador perigoso vou fazer marcação individual nele, vou pegar ele ué, onde ele for eu vou atrás…”. https://www.youtube.com/watch?v=j0kDjRMHghE&t=8s

Amaral ‘comentando’ sobre o “Apartheid” na ESPN https://www.youtube.com/watch?v=j0kDjRMHghE&t=8s

Para um turista como eu, era mais uma cidade cosmopolita e moderna para visitar e desfrutar na casa de amigos, podendo ser comparada com qualquer uma do primeiro mundo, todavia, uma viagem em que pretendia ficar de vinte a trinta dias, acabei voltando após dez dias por lá.

Comecei a perceber coisas que nunca havia visto de pura discriminação e segregação racial: de um lado da rua somente brancos passeavam pela calçada, restaurantes para brancos onde os negros somente serviam, transporte de baixa qualidade “só para negros”, o contrário dos brancos, e nos semáforos das esquinas, os pedestres brancos ficavam à frente esperando o sinal verde para cruzar a faixa, enquanto os negros ficavam sempre atrás guardando uma certa distância, tudo como se tivessem ensaiado uma coreografia onde o negro sempre dava preferência ao branco, em tudo.

No auge desse famigerado regime, até o assassinato de um negro por um branco “poderia” ser simplesmente reportado pelo branco na Delegacia de Polícia, o qual assinava um ‘Termo de Declaração’ e era liberado!

Bancos em Praças durante o “apartheid”, somente para brancos

Cartaz em Joanesburgo durante o “apartheid”, locais permitidos aos negros fazer compra

Absurdo dos absurdos, o acesso às praias era somente para os brancos

As placas informativas de “uso exclusivo de brancos” e tudo o mais que pudesse identificar o uso proibido por negros, ou locais onde os negros “podiam freqüentar” eram nitidamente visíveis e espalhados em qualquer lugar da cidade, sem o mínimo sentimento de culpa, ou seja o lá o que poderia sentir a população branca sobre aquilo que eles aceitavam como a coisa mais normal do mundo, como se aquele fosse o “padrão” mundial de convivência social.

Creio (e espero profundamente) que esse tipo repugnante e abominável de discriminação e de segregação jamais voltará a ocorrer na face da terra!

Meu espanto e indignação chegou ao limite do suportável, quando em uma manhã fui com minha esposa comprar alguns presentes e ao entrar em uma loja de souvenirs, a dona da loja, uma Senhora branca que estava sozinha veio nos atender, e após alguns minutos começamos a perguntar os preços de alguns itens.

Naquele momento, uma Senhora negra entrou na loja e perguntou o preço dos guarda-chuvas que estavam ali expostos, e foi quando a dona da loja nos pediu licença e saiu em direção à outra cliente, e gritou em ‘Africaner’, uma mistura de holandês e alemão falado pelos brancos lá (Na Namibia também é falado esse idioma), e em seguida repetiu em inglês: “fora daqui já, você não vê que estou atendendo brancos…”, blasfemando mais alguns impropérios para a Senhora negra que se virou em direção à porta com a cabeça abaixada e saiu da loja em passos apurados.

Narrando esse fato hoje, ainda consigo visualizar claramente aquela cena de trinta anos atrás, pois por algum fator do destino ou sei lá o que, minha esposa me agarrou pelo braço quando percebeu a minha raiva indo em direção à dona da loja com o guarda-chuva em riste para acertar a mulher, tamanha a indignação que me abateu naquele momento, o que poderia ter causado uma ação penal inimaginável para nós, simples turistas que atacaram uma mulher branca que “estaria exercendo seu direito de expulsar uma pessoa negra de sua loja”, conforme me disse meu amigo quando cheguei em casa!

Óbvio que não compramos nada ali e saímos sem dizer mais uma palavra, procurando visualizar na multidão a Senhora que havia sido expulsa da loja, numa tentativa de confortá-la ou seu lá o que, mas sem êxito retornamos à casa de nossos amigos, e naquela noite já tínhamos resolvido embarcar de volta ao Brasil na manhã seguinte, pois os vôos partiam de Joanesburgo perto do meio-dia e a cidade já estava se preparando para mais um dia de protestos contra o “apartheid”.

Dia de protestos em Joanesburgo em 1989

O que pode ser considerado como o “Grito Mundial” para a liberação da África do Sul do odiado regime do “apartheid”, foi o grande Concerto Musical no Estádio de Wembley em Londres, em 16 de Abril de 1990 – AN INTERNATIONAL TRIBUTE FOR A FREE SOUTH AFRICA – dois meses após a liberação de Nelson Mandela, como uma festa de ‘Boas-Vindas” ao Líder Sul Africano e televisionado para mais de 60 países.

Cartaz do Concerto de Wembley em 1990

O Partido de Mandela tentava desencorajá-lo de participar desse Concerto em Londres, conforme a Organização do Evento havia preparado um discurso seu, pois segundo seus aliados, o Governo de Margareth Tatcher na época apoiava o regime “apartheid”, mas Mandela em mais um de seus atos de pura sabedoria aceitou o convite, pois entendia que as suas razões eram muito mais fortes do que qualquer governo e qualquer regime segregacionista, e fez um dos mais eloqüentes discursos para o mundo, considerado hoje o início do fim do odiado regime do “apartheid”.

Após quatro minutos e meio de ovação incessante e colossal, o arcebispo Trevor Huddleston, presidente do Movimento Antiapartheid na Inglaterra, apareceu no palco para pedir trégua aos mais de 70 mil presentes em Wembley, no Grande Concerto Musical de Abril de 1990.

Vídeo: https://efemeridesdoefemello.com/2015/04/16/mandela-comanda-show-antiapartheid-em-wembley/

Concerto de Wembley de Abril de 1990

Aquele Concerto Musical foi realizado dois anos após outro grande Concerto pela Liberação de Mandela” no seu aniversário de 70 anos em 1988, também realizado no Estádio de Wembley e transmitido ao vivo para mais de 600 milhões de pessoas em mais de 60 países, e que deu início as negociações para sua liberação pelo Governo Sul Africano.

Cartaz do Concerto em homenagem aos 70 anos de Nelson Mandela em 1988

Concerto em Wembley em 1988 nos 70 anos de Mandela

Feito esse preâmbulo, que é uma ‘gota no oceano’ comparado com as atrocidades de mais de 40 anos do regime de segregação e discriminação racial da África do Sul, quero aqui destacar outro tema dessa crônica, uma outra forma de aberração humana criada e perpetrada através de outro grupo igualmente cruel e maléfico, a “organização criminosa” que hoje acreditamos (e desejamos) que esteja completamente extinta, a “Ku Klux Klan”, ou “KKK”.

A famigerada “KKK” teve papel crucial na disseminação do terror e dos crimes de racismo durante o período de segregação e discriminação racial que ocorreu nos Estados Unidos (“velado” dizem certos historiadores, mas para mim mais do que explícito), e que deixou também uma mácula naquele país que até hoje ainda encontramos suas mazelas espalhadas em vários estados norte americanos.

“BlacKkKlansman” é o novíssimo filme do consagrado Diretor Spike Lee, que narra a extraordinária história de um Detetive da Polícia do Arizona na

década de 70 e 80, Ron Stallworth, o primeiro Detetive negro na história de Colorado Springs, no Arizona, que entrou para a força policial em 1972.

O filme foi lançado em 10 de Agosto nos Estados Unidos e no Brasil será lançado em 22 de Novembro com o Título “Infiltrado na Klan”, adaptado do Livro lançado em 2014 – “BlacKkKlansman” – que descreve as memórias do heróico Detetive Ron e seu parceiro “Flip Zimmerman”, que por mais de cinco anos ficou infiltrado como um dos seguidores da organização criminosa “Ku klux Klan”. Assista o trailer no link a seguir: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-258805/

Cartaz do filme e Spike Lee

O inóspito, inusitado e fantástico dessa história, é que o Detetive Ron Stallworth e seu parceiro, desarticularam vários planos de ataques da “KKK” no Arizona e em outros estados, e somente em 2006 Ron revelou ao mundo sua façanha. E mais inusitado ainda é que um negro se passou por um membro da “KKK”!!

ID Policial de Ron Stallworth

Ron Stallworth em dois tempos

Laura Harrier, John David Washington, Filho de Denzel Washington que interpreta Ron, e Damaris Lewis em “BlacKkKlansman”

A história de como um Policial negro conseguiu se infiltrar na “KKK” é, a princípio, difícil de acreditar, mas devemos levar em conta que na década de 70 a tecnologia atual de comunicação era inexistente, e somente existia através de telefone fixo, por cartas ou por telegramas, e assim a chance do Detetive ser descoberto era praticamente zero.

Ron Stallworth atualmente

Mas é óbvio que Ron Stallworth não se fazia presente entre os membros da “Klan”, e por isso a história é mágica e deslumbrante. Sem a tecnologia atual, as “trolagens” históricas ocorridas durante o século XX são inúmeras, e algumas já narrei em outras crônicas.

Flip Zimmermann”, em 1970, única foto existente hoje do Parceiro de Ron

Era 1978 no Arizona e a segregação e a discriminação racial tal qual dominava a terra de Mandela, da mesma forma ainda ocorria explicitamente nos Estados Unidos, com banheiros públicos só para brancos, nos ônibus os negros não podiam sentar nos bancos da frente, Escolas só para brancos, enfim, muitos outros crimes revestidos de “legalidade” eram perpetrados contra os negros, e a “KKK” por sua vez, procurava expandir sua maléfica ideologia para outros estados além do sul dos Estados Unidos.

Desfile da “KKK” na década de 40

Ritual da “KKK” para cometer seus crimes

Mas é óbvio que Ron Stallworth não se fazia presente entre os membros da “Klan”, e por isso a história é mágica e deslumbrante. Sem a tecnologia atual, as “trolagens” históricas ocorridas durante o século XX são inúmeras, e algumas já narrei em outras crônicas.

Um dia em 1978, Ron Stallworth leu nos classificados do jornal da cidade que a “KKK” estava recrutando simpatizantes para associarem-se à ‘causa da entidade’, que segundo a ideologia que o seu “Gran Wizard” local David Duke pregava, um tipo de Líder regional, dizia que o objetivo da “KKK” nada mais era do que “preservar as origens norte americanas e restaurar a glória do país”.

Ron Stallworth escreveu uma carta para a caixa Postal indicada no classificado do jornal, dizendo sua idade e que era um homem branco e escreveu seu próprio nome e telefone direto de sua mesa, fato comum nas Delegacias de Polícia, esperando receber alguns folhetos ou informações superficiais do grupo e assim procurar saber um pouco mais dessa organização terrorista para pode proteger sua comunidade, mas como ele próprio diz, “usou seu próprio nome, pois nunca pensou que isso fosse gerar uma operação daquele porte durante anos”.

Surpreendentemente, algumas semanas mais tarde Ron recebe um telefonema em sua mesa na Delegacia, e era o próprio David Duke se apresentando:

– “Sr. Ron, gostaria de juntar-se a nós e defender nossa causa?”

– Sim senhor, respondeu Ron.

Em seu Livro de Memórias Ron relata que naquele momento foi pego de surpresa, mas mesmo assim continuou se fazendo de um civil branco e ainda agregou:

– “Minha irmã está namorando um crioulo e toda vez que vejo ele pondo as suas mãos sujas em seu corpo branco e puro eu fico enojado”!

Até hoje Ron dá gargalhadas quando se lembra desse episódio, o qual desencadeou uma das mais audaciosas operações de espionagem na história norte americana, pois Ron teve que recrutar “Flip Zimmerman”, seu amigo branco e Detetive também para fazer parte das reuniões da “KKK”, portanto, os dois tiveram papel determinante nessa operação. “Flip Zimmerman” é o codinome do Policial que atuou dentro da “KKK”, e por razões de segurança até hoje seu verdadeiro nome e paradeiro é protegido pelo FBI.

Topher Grace Ator e David Duke o Líder da KKK em 1978

David Duke, Ex-Líder da KKK atualmente

A “KKK” que odiava negros, judeus, Católicos e qualquer outra minoria, enxergou em Ron uma excelente oportunidade de crescimento do grupo em seu território, e o Líder regional ficou tão impressionado com as conversas que mantinha com o Detetive quase que diariamente, que prometeu não só admiti-lo como membro efetivo da “Klan”, mas também indicá-lo com Líder local no futuro.

Infelizmente para a “KKK” (e felizmente para a comunidade), nunca ficaram sabendo da real identidade de Ron, que hoje sempre diz que se divertia muito naquela época, pois a “KKK” revelava tudo a um Policial Negro que durante anos conseguiu sabotar várias operações terroristas do grupo terrorista.

Ron Stallworth foi admitido como membro da “KKK” com direito a “Carteira de Identidade” e “Diploma” de filiação, o que até hoje o faz dar enormes gargalhadas.

Identidade de Ron da “KKK”

Diploma de Cavaleiros da Ku Klux Klan de Ron Stallworth

Ron Stallworth hoje e seus Documentos da “KKK”

Pelo ‘trailler’ do filme podemos ter a exata noção da magnitude dessa história, que chega a ser cômica na Direção do espetacular Spike Lee, pois o filme já foi o mais aclamado no Festival de Cannes desse ano, ou para aqueles que preferem uma boa leitura, há a opção do Livro de Ron Stallworth.

Retornei a Joanesburgo uma vez mais em 1999, dessa vez a trabalho, quando a África do Sul estava sob a Presidência de Nelson Mandela, e encontrei uma cidade totalmente renovada, com novos condomínios empresariais, novos shopping centers, a economia em alta, e o principal, sem aquelas horripilantes e abomináveis placas de segregação racial e com a população negra atuando na gerência e na direção de empresas, do comércio em geral, enfim, fazendo tudo o mais que não lhes era permitido fazer em qualquer sociedade civilizada.

Joanesburgo final década de 90

Joanesburgo atual

Joanesburgo hoje, uma só sociedade

Um exemplo disso foi o julgamento de Oscar Pistorius, em Pretoria, Capital da África do Sul, cidade do maior Atleta Paraolímpico da África do Sul e considerado um dos maiores Atletas de todos os tempos naquele país. Após ter vencido múltiplas provas de Atletismo para amputados e ter sido medalhista de ouro Paraolímpico, Pistorius mesmo tendo as duas pernas amputadas, conseguiu disputar uma Olimpíada contra corredores normais nos 400 metros masculino em Londres em 2012.

Pistorius foi considerado culpado em 2013 pelo assassinato de sua então noiva de 29 anos, Reeva Steenkamp, uma ‘Top Model” Sul Africana, em um julgamento que foi televisionado para o mundo todo e teve como Juíza a Dra. Lady’ Masipa. A versão de Pistorius foi a de que sua noiva estava dormindo aquela noite em sua casa e na madrugada levantou-se para ir ao banheiro, quando então ele alegou que ao escutar ruídos dentro da sua mansão, nem vestiu as próteses das pernas e saiu em direção ao corredor, e na frente da porta de um banheiro pensou tratar-se de uma invasão e atirou através da porta, atingindo a Companheira com dois tiros que teve morte instantânea.

Pistorius no julgamento demonstrando como caminhou sem as próteses das pernas no dia do crime

Sua versão não foi aceita pelo Tribunal e Pistorius foi condenado a cinco anos de prisão, pena essa que foi agravada em 2016 para treze anos, pois a pena inicial foi considerada amena pelo Tribunal de Recursos Sul Africano.

Reeva Steenkamp

Juíza Masipa presidindo o julgamento de Pistorius em 2013

Oscar Pistorius no Tribunal em Pretoria em 2013

A história da humanidade está repleta de registros sobre as mazelas e características do ser humano, e por mais óbvio que seja, em todos os conflitos de ideologia são ignoradas as condições básicas dos indivíduos, pois todos nós somos portadores dos mesmos cinco sentidos humanos e possuímos a mesma cor sanguínea.

O filme de Spike Lee é mais uma de suas obras primas que certamente fará o telespectador pensar muito sobre o comportamento humano, e certamente ainda trará muitas críticas sobre suas freqüentes abordagens sobre o racismo em seus filmes, mas a meu ver, sempre deveria existir alguém assim para “por o dedo nas feridas” da humanidade, como forma de alertar sobre o que nunca deveria ter acontecido e que jamais volte a ocorrer.

Cartaz do filme “BlackkKlansman”

Cena do filme “BlackkKlansman”, com o Ator John David Washington, filho de Denzel Washington, no papel do Detetive Ron Stallworth

E para finalizar, cabe um registro: A NOSSA RAÇA É UMA SÓ, A RAÇA HUMANA!

Por Osvaldo Tetaze Maia

 

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BIOGRAFIA ****** Sérgio Lima, ex-jogador profissional de futebol, natural de Campos dos Goytacazes, começou sua carreira no Americano onde jogou em todas as categorias e foi campeão Estadual no ano de 1969. Em 1970, transferiu-se para o juvenil do América do Rio, tornando-se artilheiro da Taça Guanabara de 1973 e vice-artilheiro brasileiro Carioca de 1973. Em 1974, sua história foi ilustrada luxuosamente com o Internacional de Porto Alegre, Hexa Campeão Gaúcho invicto. Em 1975, formou um excelente time do Guarani de Campinas, com grandes jogadores, Ziza, Amaral,Renato, Miranda, Davi, Alexandre Bueno, Edinaldo, Erb Rocha, Sergio Gomes, Hamilton, Rocha. que foi base do Campeão em 1978. Em 1976, transferiu-se para o futebol mexicano onde ficou por 8 anos: Club Jalísco, e Atlas Fútbol Club ambos da cidade de Guadalajara, Morélia da cidade de Morélia, Michoacan e Union de Curtidores da cidade de Leon, Guanajuato. Em 1984, retornou ao Brasil para o Botafogo do Rio. ****** Em 1985 foi contratado pelo Cabofriense, da cidade de Cabo Frio,estado do Rio, onde encerrou sua carreira. Presente em Guadalajara na Copa do Mundo 1986 no México, trabalhou como comentarista esportivo na rádio local chamada "Canal 58" de Guadalajara. Após a copa do Mundo de 1986, começou sua trajetória de 30 anos, nos Estados Unidos da América,, onde foi convidado pela Universidade de Houston Texas, através do seu responsável o excelentíssimo Professor Franco para participar como instrutor do “Cugar Soccer Summer Camp” durante duas semanas. Na sequência, depois de várias participações, em diferentes Soccer Camps no Texas, fundou, oficializou e legalizou a Brazilian Soccer Academy com o apoio espetacular do grande amigo Skip Belt. Com experiência de muitos anos dentro do campo, passou conhecimento e os fundamentos básicos do futebol do Brasil para um número incontável de jovens americanos. ****** Convidado pelo consulado Mexicano, idealizou e apresentou o projeto Houston Soccer After School Program para City of Houston Park and Recreation em 1994, para benefício de crianças e jovens entre 6 a 17 anos. Isso ocorreu na área metropolitana da cidade, onde concentrava a grande maioria de crianças e jovens negros e mexicanos, na época estavam com extremo e grande problema social que os envolvia com drogas e as abomináveis gangues. Desafio aceito, e o programa foi desenhado, aproveitando a infraestrutura dos Parks da cidade. O passo a passo foi dividido em três fases básicas: 1 - Criou-se liga em cada Park, onde havia jogos entre eles. 2 – Todos os meses havia Torneios entre todos os Parks. 3 - Criou-se seleções para jogarem contra jovens das outros áreas, e diferentes estados, sempre cuidando com os mínimos detalhes dos dispositivos e ensinamentos básicos do respeitado futebol do Brasil, para atrair e motivar a todos. O requisito principal era estar e manter boas notas e presença na escola, para desfrutar dos benefícios, recebendo gratuitamente todos os materiais de primeira linha doados por um conhecido patrocinador. Finalmente, aos 17 anos tinham a oportunidade de receber uma bolsa de estudos para ingressar em uma universidade americana. Foi apresentado e aprovado e Sérgio se transformou em funcionário público da cidade de Houston por 17 anos, até a sua aposentadoria. Muitíssimos jovens foram beneficiados pelo programa mudando radicalmente suas vidas, as drogas e gangues desapareceram. Sérgio fez o curso de treinador da Federação Americana de Futebol, recebendo a "Licença National B' e assumiu como Coach principal da South Texas Soccer Select Team Open Age From 1994 to 1996, tornando-se o primeiro treinador brasileiro e negro "Afrodescendente" a dirigir a Seleção do Sul do Estado do Texas. ****** No ano de 1992, Fundou o Jornal Vida Brasil Texas, tornou-se editor, onde ficou por 28 anos, sendo 24 anos impressos e os últimos 4 anos digital em português. Fundou em 2004, a Revista Brazilian Texas Magazine, é seu Editor . A revista até 2015 foi impressa, em 2016, passou a publicação digital em inglês. ****** 1 - Compositor, teve participação do CD Brasil Forever 1997 da Banda brasileira no criada no Texas em 1993 com finalidade de promover a cultura do Brasil. Banda “Atravessados de Houston” – Texas, com tiragem de 10 mil CDs. Sérgio Lima teve a participação com 10 músicas 8 autorais e mais duas com parcerias. 2 - Compositor da música “I Love Rio”, escrita e inglês em homenagem ao Rio de Janeiro, com a luxuosa interpretação da excelente Elicia Oliveira em ingrês (Está disponível no YouTube). https://www.youtube.com/watch?v=l39hfwOkyYU&t=18s ****** Representou a comunidade brasileira do Texas na I Conferência “Brasileiros no Mundo”, realizada em maio de 2008, com uma extrema característica acadêmica. ****** A II Conferência “Brasileiros no Mundo”, realizada em outubro 2009, se desenvolveu com uma acentuada conotação política, tornando, em certos momentos, o diálogo tenso, desconfortável e, até certo ponto, cansativo, devido à falta de elasticidade de algumas lideranças, acostumadas, creio, a pontuar e determinar o rumo das conversas e decisões, em suas áreas ou comunidades no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, de iniciativa da Fundação Alexandre de Gusmão – FUNAG, órgão ligado ao Ministério das Relações Exteriores – MRE. ****** Sérgio criou o espaço Brasil especial na Biblioteca central da cidade de Houston e conseguiu doações de livros de algumas instituições das comunidades brasileiras de outros estados americanos para compor o espaço. Recebeu o Prêmio Brazilian International Press Ward, por 3 vezes, em reconhecimento pelos trabalhos como editor do Jornal Vida Brasil Texas em português, e revista Brazilian Texas Magazine em inglês – 2011. ****** ORIGINAL ARTICLE “AFRO DECENDENTES NA MÍDIA BRASILEIRA”. You are a winner for the 15th Annual Brazilian International PRESS AWARDS. Your outstanding performance and contribution for the Brazilian Culture was recognized by the Media and Cultural Leaders of the Brazilian Community in the United States. Join us for the 15th celebration of the Brazilian Cultural presence in the U.S. The Award Ceremony will be held at the Cinema Paradiso • Fort Lauderdale May 3rd 2012.

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