“Os Pernas-de-Pau de Brumadinho”!

0
1281

Por Osvaldo Tetaze Maia.

Na foto da década de 1930 acima, habitantes e Pastores de Ovelhas da região de Landes, sudoeste da França, em suas habituais “pernas-de-pau”.

Essa foi a forma com que solucionaram os problemas de locomoção por mais de cem anos, desde o início do século XIX, para poderem ‘caminhar’ e criar suas ovelhas em uma região plana, mas totalmente pantanosa e sem estradas.

Nas últimas semanas o mundo está de olho em Brumadinho, chorando junto com as vítimas remanescentes da tragédia provocada pela ‘força da natureza imbecil de certos indivíduos’.

Fotos do vídeo da reportagem do “New York Times” https://www.nytimes.com/video/world/americas/100000006328214/brazil-dam-before-after.html

A julgar pelas ‘explicações’ dos responsáveis e dirigentes da Mineradora Vale (e aqui deixo ao critério do leitor o adjetivo que irá utilizar para essa empresa e seus dirigentes), o problema foi a ‘sirene’ que ficou “engolfada” e não tocou, e ainda estão procurando saber o motivo! Quantas tragédias mais deverão ocorrer no Brasil para que apareça algum responsável e faça a sua “mea culpa”?

Foto da área em Junho de 2018

Foto da área em Janeiro de 2019

Foto do dia da tragédia em Brumadinho

Em toda a história da humanidade, até a idade moderna, as comunidades tinham somente uma opção para viverem e se adaptar ao seu habitat, ou seja, tinham que garantir por si mesmo sua segurança, pois não havia ainda a ‘proteção’ do Estado aos seus cidadãos como conhecemos hoje, vez que o ‘poder público’ existia somente para o bem estar de seus ‘Reis e Rainhas’, Imperadores e Imperatrizes.

Com toda a alta tecnologia de hoje, é inadmissível aceitar um desleixo tão grande com a vida alheia por parte do Poder público como no caso de Brumadinho, pois o que se viu ali foi isso, um retrocesso à idade média ou bem antes disso, pois deixaram que cada um dos moradores dali cuidasse da sua própria ‘segurança’ e de sua própria vida! Repetiram “Chernobyl”!

A culpa principal é da ‘Vale’, sem dúvidas, mas porque as comunidades vão se formando em volta dessas barragens e não recebem uma orientação sequer, nem da companhia, nem do poder público?

Em uma reportagem sobre a tragédia, um casal de idosos disse que comprou um terreno e construiu sua casa ali na região há alguns anos para passar o resto de suas vidas em um lugar ‘calmo e arejado”, e nunca lhe disseram que ali existia uma barragem dessas proporções, e escaparam por ‘milagre’ como dizem, em um daqueles acasos que ninguém consegue explicar como conseguiram fugir daquela avalanche (vídeo da reportagem no link abaixo)

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2019/01/29/tragedia-em-brumadinho-a-impressionante-fuga-de-casal-de-idosos-sob-som-assustador-de-enxurrada-de-lama.htm

Narro aqui uma pequena ‘fábula’ do início do século XIX (uma história real mas que pode ser chamada de ‘fábula’), somente para ilustrar o grau de responsabilidade e de administração de nossas ‘autoridades’ aqui no Brasil, ou seja, nenhum:

Na região de Landes, no sudoeste da França, onde hoje tem o badalado balneário de Biaritz, em uma área que vai até a fronteira com Bordeaux, diz a história que Napoleão, por sugestão da Imperatriz Josephine, decretou que ali seria o local onde seriam criadas ovelhas, uma das principais fontes de alimento como a carne e o leite, e do vestuário confeccionado com a lã daqueles animais para suportar o rigoroso inverno Europeu.

Biaritz, na região de Landes atualmente

E para lá Napoleão ‘despejou’ uma comunidade de famílias de pastores e suas ovelhas, sem sequer saber como era a região, somente com a informação de que era uma vasta área de planície desabitada completamente, e ali então poderia desenvolver economicamente aquela parte do país, pois como diz o Professor Tatalo, um gaúcho grande amigo meu, “ovelha não é pra mato”. Aquela região com centenas de quilômetros quadrado de planície, e sem um mato em volta, seria o local ideal para a criação daqueles animais.

Napoleão e Josephine foto do final do século XVIII

Assim, no começo de 1800, sem qualquer estudo e conhecimento das condições do solo daquela região desabitada, os pastores e suas famílias começaram a chegar e a montar suas casas, quando perceberam que o terreno era totalmente pantanoso, uma planície coberta de arbustos baixos e praticamente impossível de caminhar, pois o terreno todo era alagado e barrento fazendo suas pernas afundarem até o meio das canelas.

Naquela época o “poder público não existia para “informar e ajudar” aquelas pessoas, que tiveram que permanecer lá com suas ovelhas e buscar uma forma de sobreviver a todas as intempéries do gelado inverno Francês, em uma área de centenas de milhares de metros quadrados, habitada basicamente por matilhas de lobos, totalmente pantanosa o ano inteiro e sem qualquer tipo de estrutura de acesso com outras regiões do país, e assim a comunidade teve que encontrar a sua própria solução de sobrevivência naquela parte inóspita do país.

A história não revela quem teve pela primeira vez a idéia de andar em “pernas de pau” para poder caminhar acima do terreno pantanoso, entretanto, essa prática mostrou-se tão eficiente para os Pastores e toda a comunidade, que por mais de cem anos, até meados do século passado, os residentes daquela região andaram em cima de “pernas de pau”.

Óleo sobre tela de Pastores da região de Landes em meados do século XIX

Com o passar dos anos, as comunidades inteiras andavam em suas “pernas-de-pau”, e perceberam que adquiriram muitas vantagens em relação ao seus antigos meios de locomoção com suas próprias pernas, pois o seu campo de visão tinha aumentado significativamente, e com isso podiam tomar conta de uma área muito maior com suas ovelhas. As crianças após os seis ou sete anos já começavam a praticar a andar nas usuais “pernas-de-pau”.

Ademais, os seus passos também aumentaram permitindo-lhes que cobrissem distâncias muito superiores em menor tempo. Mais importante ainda, permitiu-lhes atravessar o solo macio e pantanoso que as planícies se tornavam após a menor chuva. De fato, praticamente toda a população de Landes andava em “pernas-de-pau” para evitar o solo encharcado durante o ano inteiro. Este sistema de locomoção era tão eficaz que os homens em pernas de pau podiam acompanhar os cavalos em trote completo.

Pastor com suas ovelhas, foto século XIX

Os habitantes locais chamavam esse modo único de caminhar de “tchangues”, que significa “pernas grandes”. As “pernas-de-pau” eram feitas de madeira e tinham cerca de quatro a cinco metros de altura, e ainda eram confeccionadas com uma ‘ombreira’ e cinta para apoiar o pé. A parte superior da madeira é achatada e repousa contra a perna, onde é segurada por uma cinta forte. A parte inferior que repousa sobre a terra era aumentada e às vezes era reforçada com um osso de ovelha. O Pastor carregava um bastão que ele usava como ponto de apoio para subir nas pernas de pau, e também como um banquinho para visualizar seus rebanhos.

As “pernas-de-pau” eram tão estáveis e “confortáveis” que o Pastor, empoleirado no assento alto, costumava tricotar para passar o tempo. Habituados desde a infância por esse tipo de exercício, muitos pastores desenvolveram habilidades extraordinárias de acrobacias e manobras, podendo alguns pegar uma pedrinha do chão, arrancar uma flor, simular uma queda e se recuperar rapidamente e ainda correr!

Pastores “descansando” em suas “pernas-de-pau”, foto de 1938.

Crianças praticando andar em “pernas-de-pau

Com o desenvolvimento da região, todos andavam em “pernas-de-pau” até meados do século XX, e a região chegou a ter cerca de um milhão de ovelhas em meados do século XIX, o maior rebanho do mundo, provando uma vez mais, que o homem tem uma capacidade interminável de adaptação e superação.

Até os carteiros trabalhavam em “pernas-de-pau” na região de Landes

Em 1808, quando a imperatriz Josephine viajou para a região para se encontrar com Napoleão I, o município enviou uma escolta de jovens caminhantes de “pernas-de-pau” para acompanhar e divertir as damas da corte. As senhoras se deleitaram em fazer os andarilhos de “pernas-de-pau” correrem, ou jogavam moedas no chão para que fossem juntadas, e às vezes resultando em quedas.

Corridas de “pernas-de-pau” eram também uma parte essencial de qualquer festividade nas aldeias locais. Os jovens competiam entre si em velocidade e agilidade, e até as jovens, tão hábeis quanto os homens, participavam das competições.

Jornal Parisiense do início do século XX

Pintura sobre óleo do século XIX

Óleo sobre tela do século XIX

Atualmente região de Landes, no sudoeste da França, na fronteira com o Golfo da Gascogne, é coberta por um grande pinhal. Na verdade, é a maior floresta de “pinheiro-bravo” da Europa – o pinheiro-bravo é uma espécie nativa da região do Mediterrâneo, mas há cem anos a paisagem parecia muito diferente. Em vez de florestas, havia um grande nível de planície que se estendia de horizonte a horizonte.

Segundo registros históricos, uma notável demonstração desse tipo de locomoção foi feita por Sylvain Dornon em 1891, quando ele caminhou de Paris a Moscou – uma distância de mais de 2.800 km – em “pernas-de-pau”, em apenas 58 dias, o que certamente o colocaria no primeiro posto do “Guinness” se existisse naquela época.

As caminhadas através de “pernas-de-pau” como forma de sobrevivência, desapareceram gradualmente em Landes a partir de meados do século XX, com o desenvolvimento sistemático de grandes plantações de pinus que transformaram a paisagem e a economia local, por obra dos governos locais que começaram a urbanizar a região, vez que, por mais que seus habitantes tivessem desenvolvido uma espetacular forma de sobrevivência, já era tempo do Estado amenizar as agruras uma população inteira ter que viver daquela forma.

Floresta de Pinus atualmente em Landes

Floresta de Pinus atualmente em Landes, a maior plantação dessa árvore em toda a Europa

O desaparecimento dos Pastores por causa da expansão das plantações de pinheiros provocou o fim do pastoreio das ovelhas, e com isso a imagem icônica dos pastores sobre “pernas-de-pau” desapareceu também, ficando até hoje no repertório folclórico da região, que anualmente faz um grande festival de caminhadas e danças em “pernas-de-pau”.

A região toda sofreu a interferência e o suporte do Estado francês, e hoje é uma das regiões francesas de grande interesse turístico, além de ter uma forte economia industrial, e com isso sua população passou a viver normalmente.

Festival de dança em “pernas-de-pau” de Landes

Biarritz no Golfo de Gascogne

Destaque da região de Landes em vermelho no mapa

A pequena “fábula” dos andarilhos franceses em “pernas-de-pau”, a meu ver, sintetiza a maneira que ainda hoje nossos governantes utilizam para gerir seus governos, e no caso de Brumadinho, ainda a meu ver, assemelha-se em gênero, número e grau ao ato de Napoleão, que “entregou” aquela região para uma comunidade de pastores de Ovelhas, e ali os deixou a sua própria sorte, e por aqui, só faltou dizerem: “aprendam a andar e correr com “pernas-de-pau” se algum dia quiserem escapar dessas quedas de barragens!

Em Brumadinho, a pretexto de gerar economia a uma região, os ‘comandantes’ simplesmente aceitaram as regras de uma empresa multibilionária, e sem qualquer controle e regras de prevenção, “instalaram” os seus ‘comandados’ da região no “olho do furacão”, e sem “pernas-de-pau’!

A diferença entre Landes e Brumadinho, Napoleão e os ‘comandantes’ atuais, é de 200 anos! Só isso, simples assim, pois mais de duzentos anos após, os ‘comandantes’ daqui também deixaram sua população à mercê de sua própria sorte!

Talvez se os ‘comandantes’ da Vale e os governantes locais se interarem dessa ‘fábula’, aconselhem aos moradores das áreas de outras barragens a iniciar o aprendizado de caminhadas e corridas em “pernas-de-pau”, e aí não haverá necessidade de instalação de sirenes modernas!

Há menos de quatro anos uma tragédia com essas proporções já aconteceu na localidade de Mariana, nessa mesma região, com a culpa da mesma empresa, e da mesma forma puseram a culpa nas “forças da natureza”, e aqui repito: tudo isso ocorreu pela “força da natureza estúpida e da ganância” dos dirigentes locais, políticos, administradores públicos e a malfadada empresa mineradora.

E para registro, destaco o Editorial do New York Times, imparcial e preciso e que claramente destaca a fragilidade de nossas instituições e regras de controle de risco.

EDITORIAL N. Y. TIMES https://www.nytimes.com/2019/01/31/opinion/brazil-dam-break-environment-bolsonaro.html

https://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/01/em-editorial-new-york-times-diz-que-brumadinho-deve-ser-licao-para-o-mundo/

(…)

Depois que o Brasil não aprendeu a lição que deveria ter assimilado após a tragédia de Mariana, em 2015, e deixou um novo desastre ocorrer em Brumadinho, um editorial publicado pelo jornal americano The New York Times defende que o novo rompimento de barreira sirva para o mundo inteiro aprender a tomar mais cuidado com sua mineração. “A indústria global de mineração deve prestar atenção. Está claro que a indústria precisa examinar de perto as barragens, estabelecer padrões internacionais rígidos para a maneira como são construídas e inspecionadas e estudar formas alternativas de descarte de seus resíduos”, diz o editorial. O título do texto de opinião do jornal chama de “negligên… –

Veja mais em:

https://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2019/02/01/em-editorial-new-york-times-diz-que-brumadinho-deve-ser-licao-para-o-mundo/?cmpid=copiaecola

In Brazil, independent auditors verify the safety of dams through regular inspections and analysis of written records. The problem, according to experts like Mr. Milanez and Luiz Jardim, a geography professor at the State University of Rio de Janeiro, is that the mining companies choose and contract with the auditors and provide all of the documentation that they analyze.

And that has not changed in the three years since the Mariana disaster, Mr. Jardim said. If anything, the regulatory framework in the state has become looser, as a drop in international commodities prices has prompted mining companies to cut costs, in some cases leading them to fill dams beyond capacity, reduce safety budgets and fail to put emergency systems in place, experts said.

“These are not exceptional events. Dams rupture. More will come,” Mr. Jardim said. “Either the monitoring system is flawed, or companies have figured out how to work around it.”

No Brasil, auditores independentes verificam a segurança das barragens por meio de inspeções regulares e análise de registros escritos. O problema, segundo especialistas como Milanez e Luiz Jardim, professor de geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, é que as mineradoras escolhem e contratam os auditores e fornecem toda a documentação que analisam.

E isso não mudou nos três anos desde o desastre de Mariana, disse Jardim. No mínimo, a estrutura regulatória do estado se tornou mais frouxa, uma vez que a queda nos preços das commodities internacionais levou empresas de mineração a cortar custos, em alguns casos levando-as a preencher barragens além da capacidade, reduzir orçamentos de segurança e deixar de implementar sistemas de emergência. , disseram especialistas.

“Estes não são eventos excepcionais. Barragens se rompem. Mais virá ”, disse Jardim. “Ou o sistema de monitoramento é falho, ou as empresas descobriram como contorná-lo.”

(…)

Esse vídeo da BAND NEWS no link abaixo deveria ser mostrado em todas as Câmaras Municipais, Estaduais, sedes de Governos Estaduais e Federais, à exaustão, e ser cobrado trimestralmente (ou em menos tempo) de todas as esferas políticas um relatório de acompanhamento de gestão de obras dessa natureza, pois assim as comunidades vizinhas à estes tipos de obras e empreendimentos não correriam o risco de “depender de uma sirene” ou ter que aprender a caminhar e correr em “pernas-de-pau” para fugirem de alguma nova catástrofe, que infelizmente não estamos livres ainda.

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2019/02/01/video-mostra-momento-em-que-lama-avanca-sobre-brumadinho-o-assista.htm

Andarilhos dançarinos de Landes em ‘passeio’ por Londres em Janeiro de 1937, divulgando a apresentação do espetáculo no Albert Hall Theatre

Cidade de Mariana, MG, em 2015

Barragem de Brumadinho antes da tragédia

Pastores de Landes no século XIX

A foto parece sugerir a naturalidade do habitante da Landes s no século XIX

Por Osvaldo Tetaze Maia.

Artigo anteriorMarquinho Sathan é parte e representa magistralmente a fina nobreza do samba
Próximo artigoO Rei Roberto Carlos em Houston, Texas – Você já comprou o seu Ticket?
BIOGRAFIA ****** Sérgio Lima, ex-jogador profissional de futebol, natural de Campos dos Goytacazes, começou sua carreira no Americano onde jogou em todas as categorias e foi campeão Estadual no ano de 1969. Em 1970, transferiu-se para o juvenil do América do Rio, tornando-se artilheiro da Taça Guanabara de 1973 e vice-artilheiro brasileiro Carioca de 1973. Em 1974, sua história foi ilustrada luxuosamente com o Internacional de Porto Alegre, Hexa Campeão Gaúcho invicto. Em 1975, formou um excelente time do Guarani de Campinas, com grandes jogadores, Ziza, Amaral,Renato, Miranda, Davi, Alexandre Bueno, Edinaldo, Erb Rocha, Sergio Gomes, Hamilton, Rocha. que foi base do Campeão em 1978. Em 1976, transferiu-se para o futebol mexicano onde ficou por 8 anos: Club Jalísco, e Atlas Fútbol Club ambos da cidade de Guadalajara, Morélia da cidade de Morélia, Michoacan e Union de Curtidores da cidade de Leon, Guanajuato. Em 1984, retornou ao Brasil para o Botafogo do Rio. ****** Em 1985 foi contratado pelo Cabofriense, da cidade de Cabo Frio,estado do Rio, onde encerrou sua carreira. Presente em Guadalajara na Copa do Mundo 1986 no México, trabalhou como comentarista esportivo na rádio local chamada "Canal 58" de Guadalajara. Após a copa do Mundo de 1986, começou sua trajetória de 30 anos, nos Estados Unidos da América,, onde foi convidado pela Universidade de Houston Texas, através do seu responsável o excelentíssimo Professor Franco para participar como instrutor do “Cugar Soccer Summer Camp” durante duas semanas. Na sequência, depois de várias participações, em diferentes Soccer Camps no Texas, fundou, oficializou e legalizou a Brazilian Soccer Academy com o apoio espetacular do grande amigo Skip Belt. Com experiência de muitos anos dentro do campo, passou conhecimento e os fundamentos básicos do futebol do Brasil para um número incontável de jovens americanos. ****** Convidado pelo consulado Mexicano, idealizou e apresentou o projeto Houston Soccer After School Program para City of Houston Park and Recreation em 1994, para benefício de crianças e jovens entre 6 a 17 anos. Isso ocorreu na área metropolitana da cidade, onde concentrava a grande maioria de crianças e jovens negros e mexicanos, na época estavam com extremo e grande problema social que os envolvia com drogas e as abomináveis gangues. Desafio aceito, e o programa foi desenhado, aproveitando a infraestrutura dos Parks da cidade. O passo a passo foi dividido em três fases básicas: 1 - Criou-se liga em cada Park, onde havia jogos entre eles. 2 – Todos os meses havia Torneios entre todos os Parks. 3 - Criou-se seleções para jogarem contra jovens das outros áreas, e diferentes estados, sempre cuidando com os mínimos detalhes dos dispositivos e ensinamentos básicos do respeitado futebol do Brasil, para atrair e motivar a todos. O requisito principal era estar e manter boas notas e presença na escola, para desfrutar dos benefícios, recebendo gratuitamente todos os materiais de primeira linha doados por um conhecido patrocinador. Finalmente, aos 17 anos tinham a oportunidade de receber uma bolsa de estudos para ingressar em uma universidade americana. Foi apresentado e aprovado e Sérgio se transformou em funcionário público da cidade de Houston por 17 anos, até a sua aposentadoria. Muitíssimos jovens foram beneficiados pelo programa mudando radicalmente suas vidas, as drogas e gangues desapareceram. Sérgio fez o curso de treinador da Federação Americana de Futebol, recebendo a "Licença National B' e assumiu como Coach principal da South Texas Soccer Select Team Open Age From 1994 to 1996, tornando-se o primeiro treinador brasileiro e negro "Afrodescendente" a dirigir a Seleção do Sul do Estado do Texas. ****** No ano de 1992, Fundou o Jornal Vida Brasil Texas, tornou-se editor, onde ficou por 28 anos, sendo 24 anos impressos e os últimos 4 anos digital em português. Fundou em 2004, a Revista Brazilian Texas Magazine, é seu Editor . A revista até 2015 foi impressa, em 2016, passou a publicação digital em inglês. ****** 1 - Compositor, teve participação do CD Brasil Forever 1997 da Banda brasileira no criada no Texas em 1993 com finalidade de promover a cultura do Brasil. Banda “Atravessados de Houston” – Texas, com tiragem de 10 mil CDs. Sérgio Lima teve a participação com 10 músicas 8 autorais e mais duas com parcerias. 2 - Compositor da música “I Love Rio”, escrita e inglês em homenagem ao Rio de Janeiro, com a luxuosa interpretação da excelente Elicia Oliveira em ingrês (Está disponível no YouTube). https://www.youtube.com/watch?v=l39hfwOkyYU&t=18s ****** Representou a comunidade brasileira do Texas na I Conferência “Brasileiros no Mundo”, realizada em maio de 2008, com uma extrema característica acadêmica. ****** A II Conferência “Brasileiros no Mundo”, realizada em outubro 2009, se desenvolveu com uma acentuada conotação política, tornando, em certos momentos, o diálogo tenso, desconfortável e, até certo ponto, cansativo, devido à falta de elasticidade de algumas lideranças, acostumadas, creio, a pontuar e determinar o rumo das conversas e decisões, em suas áreas ou comunidades no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, de iniciativa da Fundação Alexandre de Gusmão – FUNAG, órgão ligado ao Ministério das Relações Exteriores – MRE. ****** Sérgio criou o espaço Brasil especial na Biblioteca central da cidade de Houston e conseguiu doações de livros de algumas instituições das comunidades brasileiras de outros estados americanos para compor o espaço. Recebeu o Prêmio Brazilian International Press Ward, por 3 vezes, em reconhecimento pelos trabalhos como editor do Jornal Vida Brasil Texas em português, e revista Brazilian Texas Magazine em inglês – 2011. ****** ORIGINAL ARTICLE “AFRO DECENDENTES NA MÍDIA BRASILEIRA”. You are a winner for the 15th Annual Brazilian International PRESS AWARDS. Your outstanding performance and contribution for the Brazilian Culture was recognized by the Media and Cultural Leaders of the Brazilian Community in the United States. Join us for the 15th celebration of the Brazilian Cultural presence in the U.S. The Award Ceremony will be held at the Cinema Paradiso • Fort Lauderdale May 3rd 2012.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui