Fonte fotos – https://pt.wikipedia.org/wiki/
Por Sergio Lima.
Convido todos os leitores a me acompanharem neste depoimento. Muitas das vezes a saudade do Rio era tão grande, que ao ir de férias para a Cidade Maravilhosa, ora chegando do México, ora do Texas, Estados Unidos, marcava com meus familiares e amigos, com antecedência, para nos reunirmos no Amarelinho, e ia direto do aeroporto para lá. Ficava muito à vontade e confortável no Amarelinho, bar e restaurante que existe desde 1918, na Cinelândia. Localiza-se bem no centro, onde pulsa um dos corações da cidade do Rio de Janeiro.
Dr. Pedro Paulo, Jobell Lima e Sergio Lima no Amarelinho.
Sentado naquele lugar aconchegante, assistia a um autêntico desfile, o mundo inteiro passando por ali, transitando em uma passarela que é a mistura da realeza, sutileza e nobreza dos menos favorecidos, em todos os sentidos.
Fonte fotos – https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinel%C3%A2ndia#/media/Ficheiro:Rio-Cinelandia1.jpg
Do inimaginável camarote do Amarelinho, desfrutando de um saborosíssimos Chopp gelado e de deliciosos petiscos, visualizava tudo aquilo, o que tornava meu dia extremamente esplendoroso.
O Amarelinho fica a alguns passos da mesma esquina onde se encontra a Câmara Municipal dos Vereadores do Rio de Janeiro. Um pouco mais à frente, o majestoso e lindo Teatro Municipal. Atravessando a praça, pode-se chegar aos imponentes prédios do Museu Nacional de Belas Artes, da Fundação Biblioteca Nacional e do Centro Cultural Justiça Federal.
1 Câmara Municipal dos Vereadores do Rio de Janeiro 2 Teatro Municipal – 3 Centro Cultural Justiça Federal – 4 Fundação Biblioteca Nacional – 5 Museu Nacional de Belas Artes – Fonte fotos – https://pt.wikipedia.org/wiki/
E mais ainda. Ao dar mais alguns passos à frente, olhando à direita, tinha-se, e ainda tem, a deslumbrante visão do belíssimo morro do Pão de Açúcar. Percebia, também, que em alguns momentos, podia-se ouvir o ranger das rodas do metrô nos trilhos, ao frear na estação da Cinelândia.
1 Visão do morro do Pão de Açúcar – 2 Estação do Metrô da Cinelândia – Fonte fotos – https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinel%C3%A2ndia#/media/Ficheiro:Cinelandia-CCBY.jpg
Tomando o meu chopinho e curtindo aquele maravilhoso momento, não poderia deixar de citar o último lance de tudo que estava ao meu redor, e de extrema importância: a cada 5 minutos, podia apreciar, passando suavemente do outro lado da praça, o VLT – Veículo Leve Sobre Trilhos, no Boulevard Luiz Severiano Ribeiro, na Avenida Rio Branco, que conduz os turistas por toda cidade, deixando-os em estado de êxtase.
Fonte foto – https://pt.wikipedia.org/wiki/ – VLT – Veículo Leve Sobre Trilhos, no Boulevard Luiz Severiano Ribeiro, na Avenida Rio Branco
Ao registrar aqui esses momentos, espero que todos os leitores que conhecem o Rio de Janeiro possam se tornar meus cúmplices, dando veracidade aos espetaculares cenários que mencionei acima. Ao assim fazerem, estarão concordando com meu justo deslumbramento e deleite por esse esplêndido lugar.
Mas antes de encerrar, gostaria muito de poder enaltecer mais um ponto positivo sobre o Amarelinho, um detalhe super importante que não poderia deixar de citar: foi lá, também, que pude conhecer pessoalmente (e se tornou meu grande amigo), Adinaldo Souza, paulista, poeta e cronista.
Sergio Lima, filho Pedro Lima e o amigo Adinaldo Souza.
Desde 2009, Adinaldo tem sido colaborador assíduo do nosso Jornal Vida Brasil Texas. Desde então, nos falávamos com frequência, mas somente por telefone. Até que, finalmente, em dezembro de 2023, pudemos nos encontrar no Amarelinho. Foi bastante emocionante e sensacional, pois naquele dia havia uma celebração de final de ano dos importantes personagens que foram participantes e criadores de movimento negro no Rio de Janeiro, nos anos 70. Coincidentemente, meu ilustre amigo, Adinaldo Souza, na época, foi um dos criadores daquele mesmo movimento na cidade de São Paulo. Discretamente fizemos algumas fotos, e a tarde foi sutilmente celebrada, como devia ser, com vários chopinhos e um longo e agradabilíssimo bate-papo.
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Por Sergio Lima.
