Sergio Lima.
Este cidadão brasileiro, chamado Paulo Borges, ex-atleta profissional de futebol, transita sutilmente entre os diferenciados e heróis, pois tem seu nome exposto na galeria dos grandes vitoriosos atletas de futebol profissional do Guarani Futebol Clube, de Campinas. Borges está entre os campeões do campeonato brasileiro de 1978. A campanha foi brilhante, e coloca o Bugre (como o Guarani também é conhecido), como o único time do interior a ser campeão brasileiro. Hoje tenho a honra, através desta reportagem, de apresentá-lo para todos vocês.
Fonte fonte – https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/joao-carlos-travain-1714
A lembrança do título brasileiro de 1978 jamais sairá da memória do torcedor bugrino. Aqui, integrantes do grupo que deram a um clube do interior o primeiro título nacional posam juntos. Em pé, da esquerda para a direita, vemos Dito Bráz, Hélio Maffia, José Carlos Ferreira (roupeiro), Joca (administrador), Edson, Neneca, Birigui, João Roberto, Gomes, João Carlos, Flávio, Odair, Caíca, José Carlos, Góes, Carlos Alberto Silva, presidente Ricardo Chuffi, diretor Anselmo Zini, vice-presidente Michel Abib, fisioterapeuta Gilberto da Silva Machado e enfermeiro Samuel Ferreira; agachados vemos Erzio Damico (roupeiro), o treinador de goleiros Sidnei Polli, Renato, Capitão, Bozó, Zenon, Miranda, Mauro, Careca, Miltão, Vicente, Marinho, Paulo Borges, Gersinho e Carioca, preparador físico.
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Waldereis Roberto Carvalho Mineiro, conhecido no ambiente do futebol como “Paulo Borges”. Chamo a atenção dos prezados leitores, que não se deve confundir com o outro, também excelente ex-atleta profissional de futebol, o falecido Paulo Luís Borges (que era conhecido também como Paulo Borges, de apelido “Risadinha”), que foi jogador, dentre outros, do Bangu, do Palmeiras e Vasco da Gama.
Mas voltemos ao personagem Paulo Borges desta nossa história. Com sua voz mansa, baixa, quase imperceptível, disse o motivo que o chamavam de Paulo Borges: era pela semelhança física que tinha, à época, com o veterano ponta-direita e falecido Paulo Borges, que jogou pelo do Bangu.
Vilinha, Gersinho, João Roberto e Paulo Borges.
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Começou sua carreira na base gloriosa do Guarani (criadora de extraordinários talentos), e depois subiu para o time profissional, no qual, logo no primeiro ano, sagrou-se campeão brasileiro, em 1978, com várias participações no time estrelado (respeitadíssimo na época), e eternizou-se com o título. Aliás, título que enobrece e assina como marca registrada, por ser,como já disse antes, o único time de interior a ser campeão brasileiro.
Edson, Zé Carlos, Gomes, Neneca, Tadeu, e Alexandre, Paulo Borges, Renato, Capitão, Manguinha e Osnir
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Paulo Borges jogou no Guarani até o final de 1979, e depois foi contratado pelo grande Cruzeiro Esporte Clube, de Belo Horizonte, MG, time pelo qual jogou 28 jogos, ao lado de outros grandes craques do Brasil. Passou por diferentes clubes, nos quais foi bem sucedido, desfilando seu grande talento, como excelente e autêntico ponta-direita, rápido e habilidoso, que tinha o objetivo e característica de dribles em direção ao gol para finalizar, ou, com sabedoria e qualidade, fazer cruzamentos certeiros para os atacantes artilheiros mortais dos times nos quais jogou, principalmente os do Guarani e os do Cruzeiro, sem esquecer dos demais times de sua carreira.
Cruzeiro 1983 – Alves , Doulgras, Osires, Orlando, Vitor, e Ailton – Paulo Borjes, Palinha, Mauro, Tostão e Joãozinho.
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Fato de extrema importância quem não poderíamos deixar de citar, é que o nosso nobre Waldereis Roberto Carvalho Mineiro “Paulo Borjes”, também foi Campeão da Taça de Prata em 1981 com o Guarani, se tornando um colecionador de títulos e troféus na história do Bugre Campinero. 1978 Campeão Brasileiroe e 1981 Campeão da Taça de Prata.
DETALHE
1981 foi realizada a quarta edição do Campeonato Brasileiro Série B, sendo a segunda edição da Taça de Prata, que foi disputado por 48 equipes. O Guarani foi o primeiro time paulista a conquistar a competição que dava vagas para a Taça de Ouro (equivalente a primeira divisão) do mesmo ano, no qual subiram Palmeiras, Bahia, Náutico e Uberaba. A artilharia ficou por conta de Jorge Mendonça, com 11 gols marcados. A decisão aconteceu no dia 21 de março, entre Associação Atlética Anapolina e Guarani Futebol Clube no Estádio Jonas Duarte, em Anápolis, Goias.
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Paulo Borges, hoje aposentado, leva uma vida tranqüila. Mora em Campinas, SP (cidade na qual também nasceu), e nas vezes que nos encontramos, em animadas reuniões do nosso grupo de ex -jogadores do Guarani, o bate-papo é animado, mas ele está sempre no sapatinho.
Sérgio Lima, Paulo Borges, e em pé Sérgio Gomes, João Roberto – Á direita Herb, Gersinho, Marquinhos, Marcos Paulo e Tetê.
Celso, Sérgio Lima, Tamba, Paulo Borges, Bola, Chiquinho, Dorival Geraldo dos Santos,Tonhão e Bulê.
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No entanto, lembra e conta algumas resenhas do passado e do presente, havendo confessado o carinho que tem pela cidade do Rio de Janeiro, e de lugares favoritos que desfruta na Cidade Maravilhosa. Disse, principalmente, ter ido ao famoso pagode no Cacique de Ramos, bairro de Olaria, na Lapa, e em outros pontos turísticos do samba do Rio de Janeiro.
Peço licença aos leitores para, na sequência, através de uma entrevista que realizei com ele, dar mais detalhes da bela carreira deste grande ex-atleta de futebol, Waldereis Roberto Carvalho Mineiro, meu grande amigo Paulo Borges.
Paulo Borges e seu Pai Sr. Nelson in Memorian
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ENTREVISTA
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VB – Paulo Borjes, quando teve início sua carreira de atleta profissional de futebol?
PB – Minha carreira começou no Guarani em 1974 nos infantis.
VB – Quem foi o seu melhor treinador?
PB – PB – Meu melhor treinador foi Sr. Adailton Ladeira
VB Cite o melhor jogo da sua carreira
PB – O melhor jogo foi em 1982 Uberlândia contra o Cruzeiro, eu atuava no Uberlândia
VB – Você fez algum gol que foi marcante e inesquecível?
PB – O gol foi neste mesmo jogo no Mineirão, em 1982, Uberlândia contra o Cruzeiro, eu atuava no Uberlândia.
VB – Cite três jogadores especiais que você gostaria ter jogado com eles.
PB – Zico – Falcão – Reinaldo. Embora tenha jogado com alguns muito bons
VB – Se você pudesse voltar ao passado e jogar futebol, você faria alguma coisa diferente?
PB – Não acho que queira mudar nada. Foi ótimo.
VB – Você é dos inesquecíveis e eternos campeões Brasileiro em 1978 com o Guarani. Diga o que significa para você?
PB – O fato de ter sido Campeão pelo Guarani, minha primeira casa é inesquecível.
VB – Escale dois (2) times do Guarani de todos os tempos.
PB – Time 1 – Sidnei, Wilson Campos, Amaral, Nelson, Miranda, Flamarion, Alfredo, Washington, Flecha, Clayton e Ziza.
PB – Time 2 – O time base Campeão de 1978.
VB – Você conseguiu se aposentar como atleta profissional de futebol?
PB – Sim, hoje sou aposentado pelo anos desta linda profissão.
VB – Quais foram os clubes em que você jogou ao longo da sua carreira?
PB – Comecei minha carreira no Guarani, depois Ferroviária, Santo André, Uberlândia, Cruzeiro, Santos e finalmente Criciúma.
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Por Sergio Lima.