Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Por Sergio Lima.
Antes mesmo do fim da guerra em 1865, já se falava em emigrar para o Brasil, mas muito pouco se sabia sobre este país. Após o fim da guerra, houve tal reavivamento da questão, que foram formadas várias companhias de emigração. Representantes foram mandados para o Brasil para verificar e mandou ao Brasil o major Robert Meriwether e o doutor H. A. Shaw, além de outros, para verificar a possibilidade de se estabelecer uma colônia. Na volta, publicaram um relatório mencionando que dois senhores já compraram terras e se estabeleceram aqui. O primeiro, Charles Gunter, estabeleceu-se na região do onde também fracassou pois as terras não eram apropriadas para o plantio do algodão,e o segundo, o reverendo Ballard S. Dunn, levou seu grupo para Cananéia”.
Rio Doce
Cananéia.
Na mesma época, o Dr. James Fadden Gaston, também da Carolina do Sul, viajou intensamente pela província de São Paulo, e na volta publicou o livro “Hunting a Home in Brazil”, para orientação dos colonizadores. O Dr. Gaston estabeleceu um pequeno grupo em “Eldorado (São Paulo) não muito longe do reverendo Dunn. Este também fracassou por absoluta falta de mercado para os produtos que produziam. Os coronéis Mc Mullan e Bower fretaram um veleiro e partiram do Texas com umas 130 com seus pertences a bordo.
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Naufragaram em Cuba sem perdas de vidas. Depois de muitos dissabores, chegaram a Iguape, onde Mc Mullan faleceu logo depois. As poucas famílias que se estabeleceram ao longo dos rios não permaneceram por mais de quatro anos, não aguentando a solidão e o isolamento. O sonho de Dom Pedro de trazer milhares de Imigrantes tecnicamente bem capacitados para povoar as vastas regiões desabitadas do Brasil desmoronou.
Dos que vieram, uma boa parte retornou aos Estados Unidos. Diversos núcleos chegaram a ser formados e ocupados durante alguns anos, e dos que restaram, alguns ouviram falar que o coronel William Hutchinson Norris” estava se dando muito bem em terras além de Campinas. Venderam o que tinham e foram para lá. A imigração norte-americana para o Brasil, iniciada após o término da Guerra Civil Americana foi amplamente incentivada pelo governo imperial brasileiro.
Este via na vinda e fixação dos norte-americanos – pessoas com conhecimentos agrícolas, profissionais liberais, boa formação moral e intelectual e sobretudo famílias desejosas de se estabelecerem na zona rural – uma oportunidade de impulsionar o desenvolvimento no interior do país. Foram estabelecidos vários núcleos, mas o que realmente se desenvolveu foi o de Santa Bárbara D’Oeste, no interior de São Paulo. Construído a partir de 1.866 com a chegada do primeiro Coronel Willian Hutchiinson Norris, combatente da guerra Civil e ex-senador do estado do Alabama, o núcleo de Santa Bárbara D’Oeste teve rápido desenvolvimento.
Logo ao chegar, o Coronel Norris, passou a ministrar cursos práticos de agricultura aos fazendeiros da região, interessados no cultivo do algodão e nas novas técnicas agrícolas. O núcleo de Santa Bárbara D’Oeste, pelo seu progresso passou a atrair famílias que tinham se instalado em outras regiões. Inúmeras propriedades agrícolas foram fundadas pelos norte-americanos que cultivavam e beneficiavam o algodão Estabeleceram um intenso comércio, notadamente a partir de 1.875 com a instalação da Estação de Santa Barbara pela Companhia Paulista de Estrada de Ferro.
A presença constante desses imigrantes, o povoado que foi sendo formado nas imediações da Estação, passou a ser conhecido como Villa dos Americanos, Villa Americana, e deu origem a atual cidade de Americana.
O nome da cidade vem do fato dos lotes terem sido comprados em sua maioria por famílias norte-americanas, e por isso a vila passou a ser conhecida popularmente como vila dos americanos, mas não era um nome oficial. Mas devido ao fato de quando alguém mandava uma carta para um morador da vila Devido da estação de santa bárbara, a carta ia para a cidade de Santa Bárbara, a estação acabou mudando de nome no ano de 1900, assim, sendo então, a Estação de Villa Americana.
Na década de 1930, surge em Americana a modalidade de trabalho à facão. O que caracteriza o desenvolvimento da cidade baseado num grande número de pequenas empresas têxteis. Americana passou a ser conhecida como a Capital do Rayon e um dos mais importantes pólos têxteis do país. Data dessa época também a instalação, por um engenheiro norte-americano associado a brasileiros, da primeira fábrica de tecidos de algodão – a Fábrica de Tecidos Carioba – distante 3 km da estação ferroviária.
Fábrica de Tecidos Carioba.
Esta indústria teve realmente papel para a fundação e desenvolvimento de Americana. A educação das crianças era uma das prioridades para as famílias americanas que constituíam escolas nas propriedades e contratavam professores vindos dos EUA. Os métodos de ensino desenvolvido pelos professores americanos se revelaram tão eficientes que foram posteriormente adotados pelo ensino oficial brasileiro. Os cultos religiosos eram celebrados nas propriedades por pastores que se deslocavam entre várias propriedades e os vários núcleos de imigração americana. Em 1895 foi fundada a primeira Igreja Presbiteriana no povoado da Estação.
Devido a proibição de se enterrarem pessoas de outros credos nos cemitérios das cidades administradas pela Igreja Católica, os imigrantes americanos começaram a enterrar seus mortos próximo a um sede de fazenda. Este cemitério passou a ser conhecido como Cemintério do Campo. Até hoje os descendentes das famílias americanas são aí enterrados. É nesse local que se reúnem periodicamente os descendentes para cultos religiosos e festas ao redor da capela fundada no século passado.
Por ocasião do centenário da imigração norte-americana, foi organizado um museu em Santa Bárbara D’Oeste, o qual reúne grande número de objetos e documentos dos pioneiros da imigração. O resgate da história dessas famílias e sua contribuição ao desenvolvimento das localidades de Americana e Santa Bárbara D’Oeste foi magistralmente relatado pela historiadora Judith Macknight Jones em sua obra: O soldado descansa; uma epopéia norte-americana sob os céus do Brasil.
Produto Interno Bruto de Americana é o quarto maior da Região Metropolitana de Campinas” o vigésimo maior do estado de São Paulo e o 75 de todo o país. De acordo com dados do IBGE, relativos a 2009, o PIB do município era de R$ 6 126 171 mil. 754 640 mil são de impostos sobre produtos líquidos de subsídios a preços correntes. O PIB per capita é de R$ 29 850,41 e em 2000 o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de renda era de 0,801, sendo que o do Brasil naquele ano era de 0,723.
De acordo com o IBGE, a cidade possuía, no ano de 2009, 9 991 unidades locais e 9 704 empresas e estabelecimentos comerciais atuantes. 90 551 trabalhadores eram classificados como pessoal ocupado total e 76 959 categorizavam-se em pessoal ocupado assalariado. Salários juntamente com outras remunerações somavam 1 676 124 reais e o salário médio mensal de todo município era de 3,6 salários mínimos. A principal fonte econômica está centrada no setor terciário, com seus diversos segmentos de comércio e prestação de serviços de várias áreas, como na educação e saúde. Em seguida destaca-se o setor secundário, com complexos industriais de grande porte.
A agricultura é o setor menos relevante da economia de Americana. De todo o PIB da cidade 2 315 760 mil reais é o valor adicionado bruto da agropecuária. Segundo o IBGE em 2010, o município contava com cerca de 700 bovinos, 600 equinos, 60 muares e 15 caprinos. 137 foram ordenhadas, sendo que a produção de leite chegou a 100 mil litros naquele ano. Não havia aves sendo cultivadas com fins agropecuários. Na lavoura temporária são produzidos a cana-de-açúcar (2 900 hectares plantados e 217 500 toneladas colhidas em 2010) e a soja (550 hectares cultivados 744 toneladas colhidas).
Na época dos primeiros registros de ocupação do território de Americana, por volta do final do século XVIII, logo às margens dos rios Atibaia e Jaguari, começou a ser cultivada a cana-de-açúcar. Na década de 1880 houve um novo impulso no desenvolvimento da agricultura na cidade, quando da chegada dos italianos e norte-americanos, que trouxeram avanços, respectivamente, às lavouras e ao cultivo do algodão.
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Fonte Texto e Fotos – Wikipédia, a enciclopédia livre.
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