Por Sergio Lima.
Antônio Carlos, conhecido como “Tonhão”, foi uma jóia preciosa escupida das profundezas e mística caverna que era base do Guarani de Campinas. Tonhão teve a carreira registrada com o selo dos heróis e imortais campeões brasileiros de 1978, como integrante do plantel da inesquecível e memorável campanha daquela equipe. É para poucos, essa merecida homenagem que está na memória de todos os amantes do futebol brasileiro e mundial.
Fonte foto – Arquivo pessoal do Tonhão – Bozó- Renato- Zenon, Edson, João Roberto, Chiquinho, Odair e Mavile.
Depois da sua saída do Guarani, Tonhão também se tornou campeão da Divisão Intermediaria Paulista pelo Taubaté em 1979. Ele era um centro-avante raiz; tinha faro de gol; era ambidestro e finalizava perfeitamente bem com ambas as pernas. Artilheiro nato, com o seu porte físico admirável, encarava os zagueiros sem nenhum temor, o que lhe rendeu a admiração de todos pelas suas qualidades técnicas. Distinguia-se, também, por suas cabeçadas letais. Tonhão desempenhou um belíssimo trabalho extra campo, após encerrar a sua maravilhosa carreira como Atleta profissional de futebol.
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Fonte foto – Arquivo pessoal do Tonhão.
Vamos, através dessa entrevista abaixo, dar mais detalhes sobre a carreira e história deste notável e nobre amigo guerrreiro, Antônio Carlos, “Tonhão”.
Fonte foto – Arquivo pessoal do Tonhão – Flexa, Renato, Antônio Carlos, Zenon, Ziza – 1976.
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VEJA NESTE LINK UMA HOMENAGEM AO TONHÃO
https://camprev.campinas.sp.gov.br/servidor-historia/tonhao
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ENTREVISTA
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VB – Qual foi o ano em que você chegou no Guarani?
AC – Eu cheguei no Guarani em 1974 no meio do ano.
Guarani Campeão Paulista juvenil “A” de 1975
VB – Quando foi seu primeiro jogo e o seu primeiro gol no Bugre Campinero?
AC – Foi em um amistoso em Franca contra a Francana. Meu primeiro gol foi contra o Santos na Vila Belmiro.
VB – Qual foi o seu sentimento quando o juiz apitou o final do jogo e o Guarani se tornou campeão brasileiro de 1978?
AC – Eu não estava no Guarani no final do campeonato pois havia sido emprestado, mais acompanhei pela televisão, e foi uma emoção muito grande, pois naquele momento, mesmo longe, eu estava entrando para a galeria dos campeões nacionais de 1978 pelo Guarani de Campinas e realizei ali, um grande sonho.
VB – Quais foram os times onde você jogou?
AC – Após ter conquistado o título do campeonato Juvenil, sendo a primeira equipe do interior a ser Campeão Paulista no juvenil (A) como era chamado, aí fui emprestado ao São Bento, e joguei ainda no Nacional de Manaus- XV de Jau- Catanduvense- Taubaté- Barretos- União Bandeirantes – Blumenau- Jorge Wisterman da Bolívia e Atlético de Três Corações e por fim tive o prazer em disputar a Terceira divisão com vários ex jogadores pelo Gazeta de Campinas.
Em cima – Guarani e Taubaté, Abaixo – XV de Jaú e Taubaté, equipe campeã de 1979.
Time amarelo – Em pé da direita para esquerda – Gali, Estevan, Luís Dário, Ivo, Valentim, Caica. Embaixo – Antonio Carlos, Afonsinho, Valdomiro, Nei Conceição e Baianinho
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VB – Qual foi o melhor e mais importante gol da sua carreira?
AC – Para o gol mais importante foram dois (2).
1 – O primeiro foi contra o São José na vitória 2×1 para o Taubaté e nos sagramos Campeão da Divisão Intermediária, colocando a equipe no futebol de elite Paulista.
2 – Foi numa partida disputada no Moisés Lucarelli em Campinas na vitória sobre o Noroeste de Bauru evitando o rebaixamento do Taubaté para 2 divisão.
Fonte vídeo YouTube
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VB – Quem foi o zagueiro mais difícil que você infrentou?
AC – Enfrentei vários zagueiros difíceis, mais tinha um que era duro de jogar contra, era Jair (Jairzão ) do América de São José do Rio Preto.
VB – Você acha que jogaria fácil no futebol de hoje em dia?
AC – Com certeza pois hoje todos são craques, na nossa época se jogava por amor e raça, respeitava a camisa que vestia. Hoje fazer 10 gols em num campeonato é muito fácil, pois terminei o campeonato em 79 com 21 gols marcados.
VB – Quem foram os maiores atacantes que você viu jogar?
AC – Falando da minha época seria uma injustiça não mencionar você, pois admirava muito seu estilo, e mais o Reinaldo do Atlético, Careca e pela raça e disposição o Dário
9 O que o futebol representou na sua vida?
AC – Não fiquei rico jogando futebol, mas ele me deu estrutura bastante para que eu pudesse enfrentar a vida após o término da minha carreira de atleta profissional, com muita sabedoria e humildade.
10 Quando você parou de jogar futebol?
Eu parei de jogar em 1983.
11 Você realizou seus sonhos jogando futebol?
AC – Eu agradeço a Deus por tudo que consegui jogando futebol, e realizar o sonho de ser Campeão Brasileiro de 1978 como atleta profissional. Não tem preço foi maravilhoso demais.
12 Você se preparou para quando deixasse o futebol?
AC – O mais importante é se preparar psicologicamente pois as mudanças na vida da gente são muitas e eu graças a Deus consegui superar estas barreiras.
13 O que você começou a fazer depois que parou de jogar futebol?
AC – Após encerrar minha carreira tive um restaurante num shopping de Campinas e em 1986 entrei para o serviço público da Prefeitura de Campinas para ministar aulas de futebol junto com outros ex-atletas, onde tínhamos o mestre Dicá da Ponte Preta, como cordenador nosso, depois passei por varias funções na prefeitura onde cheguei a ser Subprefeito na cidade, e graças a Deus hoje estou aposentado.
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Por Sergio Lima
Apoio Valter Aleixo e Luiza Rosalen.