Por Sergio Lima.
Antônio Carlos Cabeça, meu grande amigo, extraordinário atleta profissional de futebol (Jogador de futebol) FERA, dentro e fora do campo. Nós o chamávamos carinhosamente de Cabeça desde sempre.
Era caladão, inteligentíssimo, gente fina, mas gostava de uma gozação, no sapatinho fazia as brincadeiras dele mas sempre contido, gostava muito de brincar com o Jeremias, Aldeci, Edu, Badeco, Paulo Puruca, Serjão, Djair,Tarcísio, Jorge Cuíca, Reis, Mauro, Gilmar e o seu inesquecível cunhado, Bruno. Essa era a rapaziada com quem tinha mais liberdade, mas nada que realmente pudesse trazer desconforto para estes citados amigos.
Fonte Fotos – Arquivo pessoal do Rodrigo filho do Cabeça – 1 – Os dois da ponta são torcedores que estavam no evento! Os demais: Paulo Cesar Puruca, Ricardo Barreto, Edu Coimbra Antunes, Cabeça – 2 – Iata Anderson, Mauro Pedrazzi, Sergio Lima, Aldeci, Rodrigo Cabeça filho do Cabeça e o Eraldo, que jogou na Portuguesa e America. – 3 – Cabeça, Afonsinho ex-Botafogo, Rodrigo, e Ney Conceição ex-Botafogo.
Fonte foto – Site do Milton Neves Que fim Levou? América do Rio de 1971. Em pé: Alex, Ubirajara, Tereso, Badeco, Aldeci, P. Maurício. Agachados: Antonio Carlos, Gilmar, Taquito, Tadeu Ricci e Mauro
Como jogador, também era excepcional, hábil, criativo, parecia lento, mas pelo contrário, era super rápido no arranque, imparável nos dribles curtos e mortal nas finalizações. Por essas razões foi escolhido e ganhou a Bola de Plata do campeonato brasileiro como o melhor da posição, ponta direita.
Fonte fotos – Arquivo pessoal do Rodrigo filho do Cabeça – Antonio Carlos Cabeça e seu filho Rodrigo.
Grande Cabeça, tenho a honra em poder dizer que joguei com você e desfrutei do seu grande talento e amizade, que muitos dos meus gols no América devo a você, e juntos conseguimos ganhar a “Taça TAP” em Luanda na África, derrotando o temível Benfica do legendário craque português Eusébio, com passe seu, fiz o gol da vitória.
Fonte foto – Site do Milton Neves Que fim Levou – Em pé: Nosso excelentíssimo amigo Dr. José Fernandes, Vanderlei, Alex, P. Maurício, Álvaro, Ivo, Mareco e o nosso Técnico Amaro. Agachados: Flecha, Antônio Carlos, Tadeu Ricci, Sérgio Lima e Mauro
Na decisão nos pênaltis, fomos melhores outra vez e ganhamos também. Obrigado meu querido amigo Cabeça. Mostra aí a sua Biografia.
Em grande fase, Antônio Carlos foi o ganhador da “Bola de Prata” da revista Placar em 1971. Crédito: revista Placar.
Biografia.
Antonio Carlos Alves Carneiro, o Antonio Carlos, mora hoje no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, onde está aposentado mas ainda bate sua bolinha ao lado de amigos e ex-companheiros de profissão. Casado, tem dois filhos (Rodrigo e Roberta) e cinco 3 netas e 2 netos: Thalita, Maria Fernanda, João Pedro, Catharina e Marcos.
Antonio Carlos, D. Sonia Regina e seus netos.
Carlos foi o ganhador da “Bola de Prata” da revista Placar em 1971. Crédito: revista Placar.
Nascido em 28 de abril de 1949, Antonio Carlos teve uma carreira curta. Jogou profissionalmente apenas entre 1967 e 1978. Antes disso, entre 61 e 66, atuou no futebol de salão do Vasco da Gama. Foi lá que o ex-atleta desenvolveu sua enorme habilidade. Do salão, Antonio Carlos foi para o time profissional do América-RJ, em 1967, onde permaneceu até 1973.
Antonio Carlos, “ Bola de Prata” da revista Placar em 1971. Crédito: revista Placar.
Lá, foi campeão do Torneio Internacional Negrão de Lima, em 67. Esse mini-campeonato teve a participação do Vasco da Gama, do Nacional de Motevidéu e do Huracán da Argentina. Na final, o América venceu o Vasco por 3 a 1. Em 1973, Antonio Carlos foi para a Portuguesa de Desportos, onde ficou até 1978, quando encerrou a carreira.