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Prof. Marcos Falopa.
Ex Diretor Técnico da CONCACAF e Instrutor Técnico da FIFA.
É uma grande satisfação falar a vocês sobre futebol, e comentar a realidade do nosso futebol que tem muitas turbulências: não conquistamos uma Copa do Mundo desde 2002, são 23 anos, o que é preocupante se analisarmos que somos os maiores vencedores e conquistamos 5 copas do Mundo da FIFA, sendo Penta Campeões do Mundo.
Tivemos e demos oportunidades a bons treinadores nacionais nesse período de 23 anos, mas, mesmo assim não foi convincente. Sabemos que muito desses problemas são extra-campo, problemas com a CBF.
Agora a CBF acertou na escolha do treinador italiano Carlo Ancelotti, embora tenhamos pouco tempo até o restante das eliminatórias, e procurar uma classificação condizente com da nossa seleção.
Carlo Ancelotti, como treinador vitorioso dispensa apresentações: é o treinador com mais conquistas em torneios interclubes da UEFA e com o maior número de conquistas da Liga dos Campeões da UEFA (5 vezes como treinador e 2 vezes como jogador), ganhou Copas e Campeonatos na Inglaterra, França, Alemanha, e está entre os melhores treinadores do mundo no Hall da Fame do Futebol Italiano, premiado o Treinador da FIFA em 2024.
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Além de excelente treinador, conhece bem o jogador brasileiro, pois teve a oportunidade de trabalhar com eles em quase todos os clubes por onde passou. Exemplo: Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno, Cafu, quando treinava o Milan, e recentemente: Militão, Vinicius Junior, Rodrigo, Endrick, etc.
Também de caráter calmo, conquista os jogadores, tem um comando muito grande sobre a equipe de trabalho e ganha o vestiário. De maneira toda especial, me deixa muito alegre e satisfeito nos termos formado na mesma Escola de Treinadores da Federação Italiana de Futebol.
A Escola Italiana trabalha com uma marcação dura (característica da cultura do futebol italiano – o famoso “Catenaccio” ) e conectando com meio de campo que marca e surpreende o adversário com bons passes e lançamentos. Nesses pontos a Seleção Brasileira tem algumas dificuldades que poderão ser superadas com essa adaptação ao jogo.
Ele vai aproveitar o talento e a habilidade de nossos atacantes, fazendo jogadas combinadas e aproveitamento a essência de nosso futebol que é a criatividade e jogadas ensaiadas.
Com certeza, ele dará chance aos jogadores jovens que estão jogando em clubes no Brasil e que tem grande qualidade técnica, exemplo: Estevão (Palmeiras), Gerson (Flamengo), Pedro (Flamengo), Leo Ortiz (Flamengo), Vitor Roque (Palmeiras), Yuri Alberto (Corinthians), Weverton (goleiro – Palmeiras), Wesley Flamengo), Murilo (Palmeiras), etc. Os jogadores que estão em clube, fora do Brasil, também devem render mais com Ancelotti, exemplo: Militão, Casimiro, etc. Inclusive, se o Neymar estiver bem recuperado, será peça indispensável sob o comando do novo técnico.
A contratação de Ancelotti foi muito bem aceita pela mídia e torcida no Brasil, e um grande passo foi dado para se re-criar a esperança na conquista do Hexa.
E como bom Técnico Italiano, o Ancelotti não deverá aceitar interferências políticas, da CBF e da mídia, em seu trabalho.
A Seleção terá um desafio já logo no inicio de junho, estreando contra o Equador (05/06), em São Paulo, e contra o Paraguay (10/06), no Paraguay.
“In buca il lupo”, Ancelotti ! (quer dizer: Boa sorte!)
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Por Prof. Marcos Falopa.