Por Sergio Lima.
Caros leitores, àqueles que viveram nos anos 60 e 70 para cá, pergunto se lembram da canção do Paulo Diniz, “Um chope pra distrair”? Bela canção e belos tempos. Mas não é exatamente sobre esse assunto que gostaria de escrever. Na verdade, gostaria de dividir, com todos vocês, que costumam acompanhar nosso jornal e o futebol brasileiro, alguns pensamentos (na verdade desabafos), que me vieram à cabeça nos últimos dias sobre este tema.
Tenho ficado em casa, assistindo a uma TV sem muitas opções, como muita gente deve também estar fazendo. Procuro assistir aos programas esportivos (os quais, em muitas ocasiões, sim, são difíceis de assistir), que na maioria das vezes tratam de um futebol carente e desprovido de craques, cujos comentaristas põem a maior culpa em cima dos árbitros. É claro que temos jornalistas meias bocas, bons e também excelentes. Mas muitos deles, por quererem “estar na moda”, inventam palavras, muitas vezes para definir um simples passe longo. Os times e os árbitros, digo outra vez, sim, têm muitas deficiências. E os treinadores?
Fonte foto – https://pt.wikipedia.org/wiki/Bola_de_futebol
Essa é a bola que estamos jogando
Bem, acho que os treinadores precisam ser mais bem preparados em todos os aspectos, para poderem apresentar um bom trabalho em curto tempo, e também para poderem suportar a pressão e descomunal cobrança da torcida, da imprensa e dos seus dirigentes. Há de considerar, também, um calendário monstruoso do futebol brasileiro, massacrante e sufocante, entre viagens e jogos. Na verdade, quase não sobra tempo hábil para poderem treinar seus times, para porem em prática suas idéias, trabalhar as possíveis opções técnicas e táticas, e assim por diante. Abro aspas principalmente para o último técnico da nossa seleção brasileira. Excelente técnico para os clubes, mas para dirigir uma seleção brasileira se tornou mais complicado para ele.
Fonte foto – https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2024-01/zagallo-craque-13-letras-e-uma-vida-servico-da-selecao-brasileira
Observo que, hoje, temos 2 treinadores no futebol brasileiro que fazem a diferença: o português Abel Ferreira, do Palmeiras, e o novato Filipe Luíz, do Flamengo. Estes dois estão mostrando coisas muito boas, que pertencem ao DNA do futebol brasileiro. Os demais são excelentes profissionais, honestos e trabalham como loucos. Mas, às vezes, carentes de um preparo mais profundo profissionalmente, tendo ainda que lidar com grupos de jogadores extremamente problemáticos, indisciplinados e taticamente difíceis no trato do dia a dia. Estes treinadores são usados cinicamente pelos dirigentes dos clubes como bombeiros, apenas para apagar incêndios.
Fonte foto – https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Abel-Ferreira-Palmeiras-Athletico-jul-2022.jpg – https://pt.wikipedia.org/wiki/Filipe_Lu%C3%ADs
Outra situação triste, é ver as caras dos mesmos de sempre. Os treinadores são dispensados de um clube e, 2 meses depois, estão treinando outro time. Acho que essa é uma das razões pela qual o futebol brasileiro estacionou, pois são os mesmos de sempre nos últimos 10 anos. E isso se dá nas séries A, B, C e D. Nenhum deles, sequer, pensa em fazer uma reciclagem de seus conhecimentos, atualizar suas táticas, observar outros treinadores, etc.
Fonte foto – https://pt.wikipedia.org/wiki/Rubens_Minelli
Saudades do Sr. Rubens Minelli
A respeito dos debates sobre a situação política do Brasil, prefiro usar o silêncio da maturidade. Ouço muitas besteiras, mas prefiro não opinar, me reservando o direito de não me estressar por ninguém.
Fonte foto – https://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2025-05/camara-aprova-projeto-que-amplia-numero-de-deputados-federais
As TVs dão ênfase às notícias negativas, ruins, que deixam a maioria das pessoas de baixo-astral. Alguns amigos comentam e afirmam que é isso o que dá “IBOP”. Os responsáveis por estes veículos de comunicação jamais se preocupam em buscar notícias ou fatos positivos, que possam levantar a moral de muitas pessoas, várias delas carentes, ávidas para conseguir ou saber de coisas positivas e alentadoras.
Ah, meus amigos, muito obrigado por me emprestarem seus olhos para lerem este meu desabafo. Para me inspirar a registrar essas linhas acima, dei umas dedilhadas no violão e no teclado, lembrando das músicas que gosto, e que me fazem lembrar das coisas boas que tem neste nosso país maravilhoso. E logo após escrever este artigo, uma voz suave em minha cabeça disse: “Ei, Sérgio, às vezes ficar em casa faz a gente ficar vendo e pensando muitas coisas que não valem a pena” Então, meus caros leitores, resolvi sair para descontrair, fugir do tédio. Mas fiquei indeciso aonde ir. O que faço, vou a um restaurante delicioso? Ou seria melhor ir a um bar, em Campinas? Ou o Bar do Adão ou Bar do Ari em Valinhos? Quem sabe seria melhor ir na Serpente, em Valinhos? Ou no Outback, no shopping lá em Campinas? Angústia. Ah, pensei, melhor ir no Outback e comer umas asinhas de frango (Buffalo wings).
E pensando no início do meu desabafo, achei que seria uma ideia interessante aproveitar o momento e tomar um chope pra distrair.
Fonte do Vídeo YouTube
Por Sergio Lima.
Apoio Claudio Teixeira e Luiza Rosalen