Por Sergio Lima.
Sarão, o Gilberto Nogueira Ramos, ponta-esquerda gaúcho do América-RJ no final dos anos 60 e início dos 70, é corretor de imóveis na cidade de Porto Alegre-RS, onde começou sua carreira nos júniores do Internacional e no profissional do Grêmio. Ele mora no bairro da Azenha, na capital gaúcha.
Sarão, teve uma brilhante passagem pelo America do Rio de Janeiro onde junto com, Badéco, Tadeu Ricci, Sergio Lima, Mauro, Flexa, Djair, Maréco, Antônio Carlos, Luizinho, Caio, Jeremias, Tarciso, Edu (irmão de Zico) e os saudosos Alberto (goleiro) e Gilmar. Sarão era extremamente habilidoso, inteligente e tinha uma leitura excepcional do sistema tático dentro do campo.
Como ponta esquerda ao perder a bola ele voltava para broquear e compor o meio do campo, formando um quadrado, fechando os espaços dificultando as investidas dos adversários, ao recuperar a bola ele sabia como ninguém, e era mestre em descobrir magistralmente o melhor caminho para a bola chegar limpa e com vantagens para aos atacantes Americanista.
Ele defendeu ainda o Gaúcho Novo Hamburgo, depois da dupla Grenal. Após a passagem pelo America do Rio de Janeiro, o Sarão, vestiu a camisa do Grêmio, Rio Negro de Manaus, CRB de Maceió, Operário de Campo Grande (Onde quebrou a perna duas vezes) e Comercial de Campo Grande, onde encerrou a carreira, em dezembro 1977. Nascido em 21 de julho de 1948, Sarão é pai de três filhos (Fabiano, Rafael e Luciana).
Treinamento do América
De branco – Mareco, Jonas, Sarão, Zé Carlos, Alberto, Badeco, Jeremias e Buttice.
Confira abaixo a relação dos times que Sarão defendeu durante sua vitoriosa carreira:
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*Bangu (Futebol Amador) – Bairro IAPI” POA
*Esporte Clube São José – POA (Mirins)
1961 e 1962
*Internacional – Mirins até Juvenis-
(de 1963 a junho de 1967)
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Juvenil do Inter, anos 60: Em pé: Flávio, Gilberto, Alvair, Chico, Macau e Mazaropi. Agachados: Mosquito, Sarão, Sergio Galocha, Escurinho e João Carlos.
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*Floriano(depois passou a Esporte Clube Novo Hamburgo –
*Futebol profissional) de agosto de 1967 a junho de 1969
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*América Futebol Clube – 1970/71 e início de 72
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*Rio Negro de Manaus – 1972
*CRB (AL)- 1972
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*Operário Futebol Clube (MS) -1973/74/75/76
*Esporte Clube Comercial (MS) – 1976/77.
O lateral não lembrei , Miguel goleiro, Laércio, Júlio César , Sanches , Nandes, Agachados – Copel, Roberto César, Tite , Eu e Sarao
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ENTREVISTA
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VB – Qual a sua ocupação hoje?
GR – Hoje sou corretor de imóveis em Porto Alegre (RS)
VB – Escale seu time de todos os tempos.
GR – Manga, Carlos Alberto Torres, Figueroa, Gamarra, Nilton Santos, Clodoaldo, Pelé, Tostão, Garrincha, Ronaldo Nazário, Edu (Santos)
VB – Cite 3 craques atuais.
GR – Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo
VB – Cite três craques do passado.
GR – Pelé, Rivelino, Garrincha
VB – Quem foi o seu melhor treinador?
GR – Sr. Oto Glória
VB – Qual foi o time onde você se sentiu mais a vontade? Escale este time.
GR – América: Alberto, Cabrita, Alex, Aldeci, Zé Carlos, Badéco, Tadeu Ricci, Tarciso, Sérgio Lima, Edu, Sarão.
(Meu time teria mais que 11 jogadores, não teria como deixar de incluir, Maréco, Jeremias, Renato, Antonio Carlos e o Nelinho, que nem chegou a jogar no time de cima. Que fartura de excelentes jogadores)
VB – Fale sobre sua família.
GR – Sou casado com Neiva Dornelles Ramos há 49 anos, juntos formamos uma linda família, que amo e muito me orgulha. Temos 3 filhos. Dr. Fabiano Dornelles Ramos, 46 anos, Doutor em Engenharia Metalúrgica, Professor do IFRS. Rafael Dornelles Ramos, 42 anos, Acadêmico de Engenharia e Dra. Luciana Dornelles Ramos, 38 anos, Doutora e Mestra em Educação (UFRGS), possui graduação em Educação Física Licenciatura Plena pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008) e pós graduação em “Atividade física adaptada e saúde” pela universidade Gama Filho, 3 filhos lindos, porém nenhum neto ainda.
Dr. Fabiano Dornelles Ramos, Sarão, Sra. Neiva Dornelles Ramos, Rafael Dornelles Ramos, Dra. Luciana Dornelles Ramos.
VB – Conte uma história engraçada durante sua carreira no futebol.
GR – Na concentração Rio Petrópolis, tínhamos um altar cheio de santos, onde quando chegávamos, fazíamos nossas orações e acendíamos as velas. Nosso massagista Santana era o encarregado disso. Em um jogo de domingo, comprou, perto da concentração, uma galinha de angola para fazer um serviço. O que ele não esperava, é que alguém da turma da sacanagem, iria soltar a galinha, que foi parar em cima de uma árvore. Santana então pediu ajuda para pegar a galinha. Na tentativa de tirar a galinha lá de cima, até pedra jogaram e nada. No jogo seguinte, Santana foi novamente em busca de outra galinha da angola, pois jogaríamos contra ninguém menos que o poderoso Cruzeiro, de Wilson Piazza, Tostão, Dirceu Lopes, Raul, Natal e cia.
Acontece que, quando foi preparar a galinha, percebeu que ela estava ferida. Conclusão, todos caímos na gargalhada, pois o Santana acabou comprando a mesma galinha fujona, que tinha voltado pra casa. Quanto ao jogo? jogaço, ganhamos de 1×0, mas a revelação do jogo foi inesperada. Para a surpresa dos jogadores, Santana soltou a galinha dentro do maracanã, e foi aquela confusão, imprensa ficou a mil. No fim, a vitória foi nossa, mas quem levou a gloria foi o Santana… e a galinha!
VB – Cite 3 partidas memoráveis em que você atuou.
GR – Minha estreia, no América, se não me falha a memória em Itabaiana (Bahia). Estava em teste há 30 dias, treinando e concorrendo com mais dois atletas. No jogo ganhamos de 2×0, e no vestiário, recebi de ninguém menos que meu ídolo Edu, a feliz notícia de que graças a minha bela atuação, eu estava contratado. O segundo, também pelo América, foi a primeira vez que joguei contra o meu Internacional no Maracanã, ganhamos de 2×1. Ganhei um Moto rádio, como melhor homem em campo. E o terceiro, também pelo América, jogando contra o Flamengo. Entre os dois zagueiros, Reyes e Onça, fiz o gol da vitória no final do jogo. Pura emoção.
VB – Cite um gol memorável que você fez.
GR – Jogando pelo América, no campo do São Cristóvão, na ousadia, chutei do meio de campo, encobrindo o goleiro e fazendo um golaço.
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Por Sergio lima.
