Por Sergio Lima.
Reis, extraordinário personagem que apareceu em 1967 na base infantojuvenil do América do Rio de Janeiro, e já em 1969 foram campeões carioca da modalidade. Aquele time, treinado pelo Sr. Washington, e coordenado pelos senhores Moacir Aguiar, Gerson Coutinho, e Titio Evaristo era excelente. Muitos daqueles jogadores se tornaram realidade ao subirem para o time principal do Mecão (como era chamado o América), como os grandes Tarcísio, Gilmar, Alvanir, Mauro, Terezo e Paulo Garcia.
Time do infantojuvenil campeões carioca em 1969
(?) Titio Evaristo, Sr Washington (?,?,?) João Luiz, Fidelis, Alvanir, Naúba, Cunha, Gilberto, Roberto, Sr. Osnir, (?,?) Sr. Natalino – Abaixo – (?) Reis, Edeson (Roupeiro), Mauro, Paulinho Garcia, Gilmar, Tarcísio, Terezo, Ademir, Nilsinho (Goleiro), Bira, Sr. Wilson (Massagista) Julião (Goleiro) – Estadio do São Cristovão.
Reis é o segundo da linha de cima, com a sua faixa de campeão ao lado do seu grande amigo Tarcísio.
Nessa época, Reis formava um trio inseparável com Tarcísio e Jorge Cuíca, amigos vindos da cidade de São Geraldo, do interior de Minas Gerais. Reis era excelente jogador de futebol. Havia alguma coisa no nosso ambiente, que o privava das brincadeiras, gozações e resenhas em geral. Ele ficava calado, ria esporadicamente, se mantinha sério, focado nos treinos. Algumas vezes o percebia um pouco à vontade. Dava-se ao luxo de rir das brincadeiras do Tarcísio e Jorge Cuíca, os únicos que ele permitia fazê-lo rir ou brincar.
Esse time do infantojuvenil do América do Rio em 1967.
Reis era um ponta esquerda raiz, ágil, inteligente, habilidoso, com uma canhota certeira, cruzamentos perfeitos e chutes secos. Grande Reis. Foi titular em algumas ocasiões do time principal do América. É que, naquela época, a concorrência era absurda. Tínhamos jogadores super qualificados naquela mesma posição, que não davam brecha ou moleza pra ninguém.
Jonas, Alex, Djair, Maréco, Renato, Zé Carlos. Abaixo – Tarcísio, Badeco, Jeremias, Edu e Reis.
Por esta, razão o clube aceitou a proposta de negociá-lo com o Nacional de Manaus, e a transferência do nosso craque foi inevitável. No entanto, ele pode mostrar, com mais clareza, a sua arte e talento no Nacional de Manaus, time em que se tornou ídolo incontestável por vários anos, até encerrar a sua carreira.
Grande abraço Reis parabéns por tudo que você brindou aos sortudos dos torcedores do América do Rio que tiveram o deleite de vê-lo jogar usando a camisa do nosso Club .
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Por Sergio Lima.
Apoio Claudio Teixeira.