Por Sergio Lima.
Carlos Alberto Naúba, homem simples que exalava humildade pelos poros, ser humano espetacular. Sinto-me honrado, como nos casos dos demais homenageados, em usar este espaço para exaltar esse excelente ex-atleta profissional de futebol, do América do Rio de Janeiro. Excelente jogador que era, flutuava pelo meio do campo com a camisa 5, desde o infantojuvenil, onde se sagrou campeão carioca em 1969.
(?), Titio Evaristo, Sr Washington, (?, ?,?) João Luiz, Fidelis, Alvanir, Naúba, Cunha, Gilberto, Roberto, Sr. Osnir, (?,?) Sr. Natalino. ABAIXO – ?, Reis, Edeson (Roupeiro), Mauro, Paulinho Garcia, Gilmar, Tarcísio, Terezo, Ademir, Nilsinho (Goleiro), Bira, Sr. Wilson (Massagista) Julião (Goleiro) – Estadio do São Cristovão.
Naúba passava despercebido pelo jogo, até o momento em que desarmava sutilmente seu mortal adversário, que de repente se sentia sem forças, sem entender como havia sido desarmado por aquele grande jogador de futebol, que zelava pelo jogo limpo, com elegância e classe. Seus toques curtos (ou longos), eram sempre para frente, com direção certa.
Naúba é o sétimo da fila de cima.
Tinha seriedade, olhar periférico extraordinário, parecia uma águia que descobria, rapidamente, onde estavam os adversários que poderiam trazer desconforto para o seu time. Intuía o momento exato para recuperar a bola, e, como um tigre, atacava de maneira certeira e acabava com a festa do adversário.
Time do Juvenil 1968.
Em pé – Celso, Nilson goleiro, Sérgio, Eli, Alvanir e Naúba – Agachados – Leir, Nelinho, ? , Lua e Reis.
Assim era o Naúba. Homem de riso fácil, mas contido, e gostava de passar despercebido. Sorria quando Gilmar, o querido amigo e irmão, fazia comentários sobre a presença de uma turma do América nos bailes em Pau Grande, onde íamos com frequência, pois o “Berimbau” (apelido do Gilmar), tinha uma namorada lá. Era o único instante em que o nosso personagem Naúba relaxava e ria de verdade.
Naúba, Sr. Sr Washington, Nilson,Tarcísio, Brito, Reis e o meu grande amigo irmão genial Gimar.
Presentes nestas resenhas, além do Gilmar, o “time de choque” Djair, Tarcísio, Sarão, Jorge Cuíca e Sergio Lima. Íamos aos inesquecíveis bailes animados pelas famosas bandas da época, “The Ferves” e “Renato e Seus Blue Caps”. O Jerê não participava destas jornadas em Pau Grande, porque era garoto propaganda, quase dono da bela praia de Charita, em Niterói, onde mandava prender e soltar. Tinha a maior moral. Renato também não frequentava aqueles bailes, porque, em suas folgas, ia para o seu sítio com a esposa e a família.
Grande Naúba. Era amigo inseparável do Suquinha. Iam juntos para os treinamentos no Andaraí. Uma curiosidade: Carlos Alberto Naúba era extremamente disciplinado e profissional, e não me recordo de tê-lo visto nos mencionados bailes em Pau Grande.
Naúba esteve no América por vários anos, mas não teve as merecidas oportunidades de ser escolhido para jogar no time principal. Ía sempre para a concentração, chegou a entrar em alguns jogos, mas a quantidade de concorrentes era imensa. De qualquer forma, Carlos Alberto Naúba foi campeão pelo nosso América.
Naúba ainda teve uma passagens interessante e notavel pelo ASA de Arapiroca, América de Natal, Paisandu de Brusco, Santa Catarina e até na Venezuela jogando no Anzoátegui onde teve junto com seus amigos do juveniu do América, Paulo Cesar Capenga, o excelente zagueirão Sergio, e o genial.
ASA de Arapiroca, Maceio.
América de Natal – Rio Grande do Norte / Paisandu de Brusco, Santa Catarina.
Depois de pendurar as chuteiras, manteve sua residência na sua cidade natal, Pau Grande, Distrito de Magé, no interior do Rio de Janeiro.
Pau Grande, Distrito de Magé.
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Por Sergio Lima.