VIP – Reginald Ramires, o “Palito”, ex-atleta profissional da Portuguesa Santista, e também no México anos 70 e 80 era craque.

Por Sérgio Lima.

É possível que algum leitor, ao ver este artigo, pense: Ih, lá vem nosso amigo Sérgio Lima homenagear mais um ex-jogador de futebol. É verdade. Faço isto porque também fui jogador profissional de futebol, joguei e conheci de perto todos esses atletas que venho homenageando. Muita, mas muita gente, mesmo, não faz idéia do quanto esses atletas jogaram, o que representaram para cada time para os quais jogaram e para suas torcidas. Por isso, pelo reconhecimento que tiveram, especialmente de mim, homenageio esses craques, e tento dar oportunidade aos leitores do Vida Brasil Texas, de conhecerem um pouquinho de cada um deles. Eles merecem, meus caros e apreciadíssimos leitores. Então, vamos à matéria.

Davi Salas, Francisco Barba, Sebrien, Coco Gomes, Valdivia, Gomes /Abaixo – Casillas, Reginald Ramires, Sergio Lima, Mirandinha e Tilin Mendez.

Clube Deportivo Jalisco.

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Reginald Ramires, o “Palito”, ex-atleta profissional da Portuguesa Santista, no Brasil,e das equipes mexicanas Laguna, Jalisco, Morelia e Atlético Espanhol. Ah, o Palito! Ele foi aquele número 8 raiz, foi um monstro, jogava fácil, o fino da bola. Esta o chama de mestre. E eu também. Afinal, pude desfrutar, durante alguns anos, da maestria e genialidade deste exímio jogador.

Quatro (4) diferentes formações do Clube Laguna, da cidade de Torreon, México, hoje conhecido como Club Santos Laguna SA de CV, onde Reginald jogou por aproximadamente uns 3 anos.

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Valdivia, Ricardo Marques, Seberian, Reginald Ramires, Sergio Lima, Paredes, Gomes, Gato Vargas, Prof. Javier de La Torres. Abaixo. Coco Gomes, Martinez Elizalde, Alexandre, Francisco Bárbara, Franco, Prof. – Sentados / Sobuca, Pata Bendita, Davi Salas, Miranda, Roberto Casillas, Tilin Mendez.

Clube Deportivo Jalisco.

O Palito tinha uma particularidade parecida com o das aranhas: eu achava que ele tinha 8 olhos, e não somente os dois normais como nós, simples mortais. Mesmo de costas para a maioria de seus companheiros, quando recebia a bola, lançava-a de trivela, ou seja, batia na bola com o lado externo do pé. A bola fazia aquela curva mágica, e caía bem na minha frente, logo na minha frente, que ia entrando na diagonal entre os dois zagueiros. Era um talento absurdo que tinha.

Reginald Ramires, Sérgio Lima,e Luis Antonio “Mirandinha”

Clube Deportivo Jalisco.

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Palitinho, como eu o chamava carinhosamente, era nobre, gente do bem. Era, sim, um craque. Tinha um domínio, um trato extraordinário com a bola. Dentro de campo era um chato: não gostava, abominava, quando alguém chutava a bola com o bico da chuteira, ou dava um bicão na bola. Ele se sentia ofendido com aquela grotesca atitude, fosse seu companheiro de equipe, ou não. Ele era um defensor mor da gentileza, carinho e trato com a bola. Muitas vezes, no sapatinho, reclamava dizendo que eu não cruzava as bolas quando entrava da ponta direita em diagonal, enquanto ele dava o pique para receber e finalizar. Eu ria e dizia para ele: Palito, está reclamando? Você fez o maior número de gols da sua carreira, nessas temporadas em que jogamos juntos, e ainda diz que eu não sei cruzar para você? Ele ria, e ficava quieto. O que era coisa rara, ele ficar quieto e não dizer nada. Mas depois ríamos muito. Até hoje, ao lembrarmos desta e de outras situações semelhantes, caímos na gargalhada.

Pulido, Casillas, Salas, Coco Gomes, Paredes, Martinez. Abaixo – Julio Roupeiro, Carlos, Rauregui, Sergio Lima, Reginald Ramires, e Pata Bendita.

Clube Deportivo Jalisco.

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É incrível! Não vejo o meu grande amigo, cracão Reginald Ramires, “Monstro”, jogando futebol, desde 1982. Nós falamos por telefone, e temos resenhas inesquecíveis. E aí, vejo os locutores e comentaristas na TV chamando alguns jogadores, de hoje em dia, de craques. É porque eles não tiveram a sorte, o privilégio, de assistir um verdadeiro concerto de futebol, que era ver o Palito jogando, brincando de jogar futebol. Caros leitores, eu assino embaixo: o Palito seria titular em qualquer grande time atual no Brasil. E digo mais: não precisaria dos 8 olhos das aranhas. Bastariam os dois que ele possui. Não estou exagerando, não.

Clube Atletico Morélia.

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Treinamento da seleção dos melhores jogadores extrangeiros que atuavam no futebol Mexicano, se preparavam para o jogo amistoso que iria enfrentar contra a seleção mexicana que se preparava para disputar a Copa do Mundo de 1978 que se realizaria na Argentina.

Reginald Ramires (Brasil), Nelson Sanhueza, (Chile), Hugo Marcelino Gottflit (Argentina) Eusébio,( Brasil) Munhante ( Peru) e Sergio lima (Brasil).

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VEJA O VÍDEO

Fonte – Vídeo YouTube
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Atletico Espanhol

Obrigado, Palitinho, por tudo que você proporcionou ao futebol. É realmente uma pena que muita gente não tenha tido o luxo de vê-lo executando a sua majestosa, belíssima e luxuosa obra.

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Por Por Sérgio Lima.

Apoio Claudio Teixeira e Luiza Rosalen.