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Por – Antônio Marcos Bandeira – Fortaleza – Ceará.
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O estado do Ceará é um dos mais efervescentes em se tratando de arte, cultura, literatura, saberes e fazeres nossa representatividade nos credencia com uma identidade genuinamente literocultural e uma cearensidade que nos orgulha, pois, o que falar de nosso Dragão do Mar ou o “Chico da Matilde” que se recusou a realizar o tráfego de negros? Antônio Gonçalves da Silva, nosso eterno e querido Patativa do Assaré, a poesia clássica e erudita mais popular do Nordeste Brasileiro estudado em Sorbonne na França?
O que falar então de Raquel de Queiroz, a primeira mulher brasileira a ingressar na Academia Brasileira de Letras? sem falarmos em tantos outros bardos maravilhosa(as) da nossa arte, cultura e tradição do nosso povo? Porque não falarmos do Bode Yôyô , eleito vereador de Fortaleza, que andava na Praça do Ferreira em busca das meninas que vinham da ” Escola Normal” e “Liceu do Ceará”, figura emblemática de nossa cidade.
E em se tratando de academias e movimentos literários, a nossa ACL – Academia Cearense de Letras surge antes mesmo que a brasileira, pois foi com o movimento “gaiato” também, dos nossos inesquecíveis Padeiros que instituíram a mesma com o movimento da Padaria Espiritual que quebrou com a Belle Époque ou a Bela Época de Fortaleza, que quebrava com os moldes europeus de se portar, vestir-se, ler e mesmo expressar-se.
Não poderíamos deixar de citar aqui a imensurável contribuição da nossa arcádia: AABLA-Academia Antônio Bezerra de Letras. Tendo à frente, nossa querida presidente: Jaqueline Teles, mulher de fibra, sensível e abnegada às artes, literatura, lutas e conquistas que nos cercam e nosso amigo, querido professor George Luiz na vice presidência da mesma.
A AABLA vem se consolidando, reestruturando, reorganizando suas ações, projetos, atividades e porque não dizer seu fazer. Após um tempo de turbulências nossa academia vem se tornando e aperfeiçoando seu papel na sociedade, cultura e mesmo em seu quadro de sócios.
A AABLA tem conseguido: Idealizar, planejar, executar e reescrever a própria história, a partir de seus Saraus Virtuais durante e pós pandemia, e agora, presenciais, nossa academia tem tomado rumos além-mar com a participação de nossos confrades e confreiras em eventos locais, estaduais, nacionais e internacionais pois a AABLA não é só uma arcádia, somos pessoas que compartilham, sonham e realizam: ideias, projetos, sonhos de escrever, publicar e encontramos para celebrarmos a vida, arte e a literatura.
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Por – Antônio Marcos Bandeira – Fortaleza – Ceará.