Fonte foto – Wikipédia, a enciclopédia livre – Um Airbus Beluga preparando para decolar.
O avião cargueiro Airbus Beluga ST, conhecido como avião “baleia”, pousou pela primeira vez no Brasil em Fortaleza, Ceará, na tarde deste domingo 24 de Julho. A aeronave está trazendo um helicóptero de luxo. Na sequência esta segunda-feira 25 de Julho 2022, o Beluga pousou pela primeira vez no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, São Paulo.
Fonte – vídeo YouTube.
O Airbus A300-600ST (Super Transporter) ou Beluga é um avião cargueiro, desenvolvido com base no Airbus A300, capaz de transportar seções de fuselagem de outros aviões e grandes cargas. Entretanto, devemos mencionar que, uma vez que sua capacidade máxima de carga é de apenas 47 toneladas, ele leva carregamentos grandes em volume, nem tanto em peso.
Fonte – Wikipédia, a enciclopédia livre – Airbus Beluga sendo carregado com o módulo espacial Columbus.
A versão cargueira com grande capacidade volumétrica do Airbus A300-600 foi projetada para substituir os antigos e obsoletos Super Guppy da Aero Spacelines. Estes aviões foram, até a entrada em operação dos “Beluga” (como foram apelidados os A300-600ST) utilizados pela Airbus para transportar asas e fuselagens de suas aeronaves entre as fábricas situadas na Alemanha, França, Reino Unido e Espanha. O desenvolvimento do A300-600ST foi iniciado em agosto de 1991 e apenas três anos depois o primeiro protótipo fazia seu roll-out em Toulouse.
Fonte – Wikipédia, a enciclopédia livre – Beluga aterrissando em Toulouse.
O primeiro voo, em setembro de 1994, deu início ao processo de homologação, recebida em meados de 1995 após 400 voos de teste. A primeira unidade, o antigo protótipo, entrou em operação na Airbus em janeiro de 1996. A entrega da quarta unidade ocorreu em junho de 1998, quando finalmente os Super Guppy foram aposentados.
Fonte – Wikipédia, a enciclopédia livre – O Super Guppy F-BPPA que foi substituído pelo Beluga.
Essencialmente baseado no A300-600, possui a mesma asa, motores, a fuselagem inferior, trem de pouso principal e cabine de comando. A principal mudança é a enorme fuselagem, equipada com uma porta tipo “clamshell” na frente, que obrigou um reposicionamento do cockpit. A cauda também foi modificada, com a utilização de pequenos estabilizadores verticais instalados nos horizontais. Entretanto, o estabilizador vertical original foi mantido. O leme ficou apenas no estabilizador vertical principal.
O controle e gerenciamento da frota de Belugas é feito pela SATIC, uma empresa formada em parceria entre a Aérospatiale e a DASA. Além de realizar o transporte de partes para a Airbus, a SATIC também oferece a grande capacidade volumétrica do avião (1400m3) para o transporte de cargas volumosas, o que acabou justificando a introdução em serviço de uma quinta aeronave, incorporada à frota em 2000.
Alguns Detalhes Técnicos
O avião utiliza dois motores, modelo GE CF6-80C2A8 fabricados pela GE. Esse motor trabalha com empuxos de até 119 ou 120 kN.
Fonte – Wikipédia, a enciclopédia livre – GE CF6-80C2A8.
A aeronave é capaz de decolar com uma carga útil de 47 toneladas. Nesse caso, ele tem uma autonomia de voo de 1666 Km, aproximadamente. Com uma carga de 40 toneladas, a autonomia aumenta para 2667 km. Com 27 toneladas, ele pode voar 4632 km sem reabastecer. E com carga zero, a autonomia vai para 6482 km.
Outras medidas desse avião são:
Dimensão e Capacidades de Avião | Medida |
---|---|
Velocidade máxima (em Mach) | 0,82 |
Área de asa | 122,4 metros quadrados |
Diâmetro da fuselagem | 7,31 metros |
Largura máxima da cabine | 3,7 metros |
Comprimento da cabine | 37,7 metros |
Distância entre eixos | 11,05 m |
Peso máximo de decolagem | 155 toneladas |
Peso máximo de pouso | 140 toneladas |
Peso máximo sem combustível | 133,5 toneladas |
Capacidade de combustível | 23,860 (32,250)(34,430) Litros |
Uma curiosidade: as lâmpadas dentro do compartimento de carga geralmente ficam no chão. Aliás, o único equipamento dentro do compartimento de carga que não fica no chão é o de abertura da porta. Outra curiosidade: Apesar de o fato de o volume todo interior do compartimento de carga poder ser utilizado ser verdadeiro, esse avião possui uma desvantagem; ele precisa de rampas especiais para ser carregado e descarregado.
Fonte – Wikipédia, a enciclopédia livre – Beluga em Hamburg Finkenwerder, descarregando fuselagens de nariz de outro modelo.
Diferentemente do que acontece com aviões como o C-5 Galaxy ou o Antonov An-124, essas rampas têm que ficar no chão.
Fonte – Wikipédia, a enciclopédia livre – Avião C-5 Galaxy.
Fonte – Wikipédia, a enciclopédia livre – Avião Antonov An-124
***
Por Sergio Lima.
Fonte Texto – Wikipédia, a enciclopédia livre.