Sabendo que nos Estados Unidos ela não teria chances de estudar, Bessie começou a estudar francês e então viajou para Paris em 20 de novembro de 1920, para obter sua licença. Bessie aprendeu a voar em um biplano, um Nieuport 82. Em 15 de junho de 1921, Bessie Coleman se tornou a primeira mulher com ascendência africana e indígena a obter uma licença de piloto, bem como uma licença internacional de aviação pela Federação Aeronáutica Internacional. Determinada a aprimorar ainda mais suas habilidades, Bessie passou os dois meses seguintes a ter aulas com um famoso piloto francês e em setembro de 1921, Bessie viajou para Nova York, onde tornou-se um sucesso imediato.
Eu sabia que não tínhamos aviadores, nem homens nem mulheres, e sabia que os negros precisavam ser representados ao longo desta linha tão importante, então pensei que era meu dever arriscar minha vida para aprender aviação.
Fonte foto – Wikipédia, a enciclopédia livre.
Com a era da aviação comercial ainda a uma década de distância, Bessie percebeu rapidamente que para ganhar a vida como piloto civil era teria que participar de arriscados shows aéreos, com público pagante. Esta era uma arena altamente competitiva, portanto ela precisaria de aulas avançadas de pilotagem e um grande repertório de manobras. Em Chicago, ninguém estava disposto a ensiná-la, então em 1922, ela voltou para a Europa, completando um curso avançado de dois meses na França, partindo em seguida para a Holanda, onde encontrou-se com Anthony Fokker, um dos maiores engenheiros aeronáuticos do mundo. Bessie esteve na Alemanha, onde visitou a Corporação Fokker, recebendo treinamento adicional com um dos pilotos da empresa. Em seguida, Bessie retornou ao Estados Unidos para uma exposição.
“Rainha Bess”, como ficou conhecida, tornou-se bastante popular nos 5 anos seguintes. Convidada para os eventos mais importantes e para entrevistas em jornais, era admirada especialmente pela comunidade negra, mas também por brancos. Voava principalmente em biplanos e em qualquer aeronave que sobrou da frota no pós-guerra. Sua primeira aparição em um show aéreo foi em 3 de setembro de 1922, em um evento honrando os veteranos do 369º Regimento de Infantaria, da Segunda Guerra Mundial. No campo Curtis, em Nova York, patrocinado por seu amigo Abbot, do Chicago Defenedr, ela foi nomeada a “maior aviadora do mundo”.
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Como aviadora profissional, Bessie foi duramente criticada pela imprensa, que a creditava por “sua natureza oportunista” e pelo estilo extravagante que trouxe para seus shows aéreos. Ela rapidamente, porém ganhou reputação como pilota altamente qualificada e muito ousada, sempre disposta a completar as mais difíceis acrobacias, tanto que ela chegou a quebrar a perna e três costelas quando seu avião sofreu uma pane e caiu em 22 de fevereiro de 1923. Em Orlando, na Flórida, em 1920, em uma turnê, Bessie conhecei o reverendo Hezakiah Hill e sua esposa Viola, ativistas que a convidaram para ficar com eles no presbitério da Igreja Batista Missionária do Monte Zion na Rua Washington, no bairro de Parramore. O casal, que a tratava como uma filha, a persuadiu a ficar e Bessie abriu um salão de beleza em Orlando para ajudá-la a conseguir dinheiro para comprar seu próprio avião.
Por seus contatos na mídia, lhe foi oferecido um papel no filme Shadow and Sunshine, que seria financiado pela African American Seminole Film Producing Company. Bessie ficou animada, esperando que a publicidade gerada ajudasse a alavancar sua carreira e lhe dar o dinheiro necessário para abrir uma escola de aviação. Mas ao saber que a primeira cena do filme exigia que ela aparecesse em roupas esfarrapadas, com uma bengala e um saco nas costas, ela se recusou a prosseguir as gravações. A cena feria seus princípios e seu orgulho e Bessie não queria ser classificada como uma oportunista, não querendo também perpetuar os estereótipos sobre os negros. Bessie não viveria o suficiente para poder abrir suas escola para jovens negros, mas suas conquistas serviram de inspiração para toda uma geração de jovens negros e mulheres.
Fonte foto – Wikipédia, a enciclopédia livre – Coleman e seu avião (1922).
Em 30 de abril de 1926, Bessie estava em Jackonville, Flórida . Finalmente, tinha conseguido adquirir um avião Curtiss JN-4 , em Dallas. Seu mecânico e agente de publicidade, William D. Wills, voaram com o biplano, vindos de Dallas, em preparação para o show aéreo, mas tiveram que fazer três pousos de emergência na rota devido à má manutenção da aeronave. Sabendo disso, seus amigos e familiares consideravam que o biplano fosse inseguro para voar e praticamente imploraram para que Bessie não voasse nele. Ao decolarem, Wills pilotava, enquanto Bessie estava no outro banco, sem cinto de segurança, pois ela planejava saltar de paraquedas no dia seguinte, e queria ter uma ideia do terreno na superfície a partir do cockpit.
Contudo, após dez minutos de voo, o biplano inesperadamente entrou em mergulho e em parafuso. Bessie foi arremessada do avião, a partir de 600 metros de altura, e morreu instantaneamente ao atingir o solo. William Wills não conseguiu reaver o controle do biplano e se chocou contra o solo. Wills morreu devido ao impacto e ao fogo resultante da explosão do Curtiss JN-4. Apesar do fogo, os destroços conservaram boa parte do motor e do manche; foi descoberto mais tarde que uma chave usada para consertar o motor havia sido esquecida entre as peças da aeronave e tinha travado os controles. Bessie Coleman tinha 34 anos ao morrer.
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Fonte foto e Texto – Wikipédia, a enciclopédia livre.