Lambaris da Finlândia e a Guerra dos Mundos!

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Na era das “fake news”,o dia em que os‘ Marcianos’ invadiram o Maranhão!

 

Por:  Osvaldo Tetaze Maia

Atualmente a tal expressão “fake news” já virou mais um termo ‘aportuguesado’ e incorporado ao nosso cotidiano, e fatalmente entrará nos nossos dicionários como diversas outras palavras e expressões que se ‘abrasileiraram’ e hoje fazem parte do nosso idioma na era das mídias sociais, e podemos dizer que o termo surgiu após Mr. Trump ter lançado a expressão em represália aos seus críticos da imprensa norte americana!

Quem nunca fez uma brincadeira qualquer de contar alguma história ou algum fato como se fosse a pura verdade? Em pequenos círculos de amigos isso gera apenas algumas brincadeiras sadias, mesmo que às vezes alguém possa se sentir ofendido, mas isso passa.

Nas mídias sociais o que se vê quase que diariamente são ‘estórias’ que aparentam ter algum fundo de verdade, entretanto não passam de ‘fake news’, fatos postados deliberadamente por alguém com o único propósito de ‘enganar’ os leitores.

Entretanto, a ‘mais importante’ ‘fake news’ lançada ao vivo para todo um país através de um programa de rádio, foi a Rádio Novela “A Guerra dos Mundos”, narrada por Orson Welles (Cidadão Kane), Diretor de Cinema e Dramaturgo, irradiada no final da década de 30 nos Estados Unidos – https://pt.wikipedia.org/wiki/Orson_Welles – e que pode ser considerada a maior ‘mentira’ e a que mais influenciou uma população inteira sem qualquer intenção de contar uma notícia falsa, mas que se tornou um ‘marco’ do rádio na sua época e que até hoje continua sendo o ‘maior furo de reportagem da história’.

Orson Welles e o cartaz do famoso filme “Cidadão Kane” (Kane Citizen)

Sem querer traçar paralelo algum com a famosa notícia, antes disso vou narrar um episódio ocorrido em 2014 quando fiz uma viagem de negócios à Finlândia, um país fantástico em todos os aspectos que se possa ‘medir’ a qualidade de um país e de seu povo, e ao retornar ao Brasil após uma semana, no dia seguinte teria o meu semanal encontro no Clube Itamirim, de Itajaí, com meu grupo de tenistas “Quinta-feirinos”, como são chamados esses encontros semanais aqui em Santa Catarina, onde cada dia da semana tem a sua denominação equivalente (‘segunda-feirinos’, etc.).

Como de praxe em nosso grupo, quem viaja traz alguma iguaria local para oferecer no jantar da semana, e como havia me esquecido totalmente disso devido ao curto espaço de tempo da viagem fiquei pensando no que poderia compensar essa falta, até que passei no escritório de uma amigo que é o maior pescador de lambaris que conheço, e que já foi dizendo na chegada: “Aqui estão os teus lambaris que te prometi”, e abriu o ‘freezer’ na cozinha do escritório e entregou-me dois pacotes com os peixinhos!

Agarrei os dois pacotes de lambaris congelados embrulhados em jornal e os coloquei dentro de uma pequena caixa de isopor, e após um pequeno bate-papo fui para casa me preparar para ir ao clube no jantar daquela Quinta-feira. E foi aí que surgiu a idéia: “Tá aí a iguaria da Finlândia que vou levar para aperitivo do jantar”, peixes dos lagos Finlandeses!
Desembrulhei os lambaris e coloquei-os em uma sacola do “free-shop” do aeroporto de Helsinque onde havia comprado algumas barras de chocolate, e fui ao Clube para o jantar e ofereci o aperitivo daquela noite, mostrando para todos a sacola com dizeres em Finlandês e anunciei que eram “peixes dos lagos Finlandeses”, que a Da. Ieda proprietária do Restaurante do Clube iria preparar e servir uma ‘fritada’ de aperitivo.

Servida a ‘iguaria’, informei que eram peixes de águas geladas do país com o maior número de lagos de todo o planeta, 187.888 exatamente, ( http://www.fishinginfinland.fi/), portanto, não era sempre que se saboreava um aperitivo dessa qualidade!

Na Universidade de Oulun, Campus de Kajaanin, Finlândia

Característica dos rios finlandeses

Sucesso total, e pronto, havia largado uma “fake news”, e todos aprovaram o “excêntrico peixe dos lagos Finlandeses” que havia trazido, e ninguém sequer perguntou como havia conseguido trazer mais de três quilos de peixe desde a Finlândia, com mais de 20 horas de vôo e conexões!

Somente na semana seguinte é que contei que o ‘famoso’ aperitivo servido na semana anterior era uma ‘boa fritada do nosso lambari’! Risadas geral, se bem que muitos que haviam aprovado a iguaria ainda ficaram meio céticos, e até hoje quando alguém vai trazer alguma ‘novidade’ para o nosso jantar semanal é alertado: “não venha com lambaris da Finlândia’!

Bem, as tais “fake news” já existem há séculos, pois na história encontramos inúmeras passagens onde de alguma forma lançavam-se notícias através das formas de comunicação existentes, por diversas razões, e hoje em dia com a profusão de mídias sociais, está cada vez mais difícil distinguir se é mesmo “lambari da Finlândia”! Em uma busca rápida na Internet encontramos diversas ‘fake news’ na história moderna – http://www.thesocialhistorian.com/fake-news/ – https://veja.abril.com.br/revista-veja/a-ameaca-das-fake-news/

“A GUERRA DOS MUNDOS” NOS ESTADOS UNIDOS E NO MARANHÃO

A verdade é que a mais famosa “fake news” da história moderna foi a transmissão pela rádio CBS nos Estados Unidos, narrada por Orson Welles em 30/10/1938 (e a única do gênero), quando a rádio interrompeu a sua programação musical para noticiar uma suposta invasão de marcianos, mas sem qualquer intenção de transmitir uma notícia falsa.

A “notícia em edição extraordinária”, na verdade, era o começo de uma peça de radio teatro, que não só ajudou a CBS a bater a emissora concorrente (NBC), como também desencadeou pânico em várias cidades norte-americanas. “A invasão dos marcianos” durou apenas uma hora, mas marcou definitivamente a história do rádio.

Dramatizando o livro de ficção científica “A Guerra dos Mundos”, do escritor inglês Herbert George Wells, o programa relatou a chegada de centenas de marcianos a bordo de naves extraterrestres à cidade de Grover’s Mill, no estado de New Jersey. Os méritos da genial adaptação, produção e direção da peça eram do então jovem e quase desconhecido ator e diretor de cinema norte-americano Orson Welles. O jornal Daily News resumiu na manchete do dia seguinte a reação ao programa: “Guerra falsa no rádio espalha terror pelos Estados Unidos“.

Jornal do dia posterior à transmissão na Rádio CBS
Orson Welles transmitindo ao vivo na Rádio em 30/10/1938

A dramatização, transmitida às vésperas do Halloween (dia das bruxas) em forma de programa jornalístico, tinha todas as características do rádio jornalismo da época, às quais os ouvintes estavam acostumados. Reportagens externas, entrevistas com testemunhas que estariam vivenciando o acontecimento, opiniões de peritos e autoridades, efeitos sonoros, sons ambientes, gritos, a emoção dos supostos repórteres e comentaristas. Tudo dava impressão de o fato estar sendo transmitido ao vivo. Era o 17º programa da série semanal de adaptações radiofônicas realizadas por Orson Welles no Rádio.

A CBS calculou na época que o programa foi ouvido por cerca de seis milhões de pessoas, das quais metade o sintonizou quando já havia começado, perdendo assim a introdução que informava tratar-se do rádio teatro semanal. Pelo menos 1,2 milhão de pessoas acreditou ser um fato real. Dessas, meio milhão teve certeza de que o perigo era iminente, entrando em pânico, sobrecarregando linhas telefônicas, com aglomerações nas ruas e congestionamentos causados por ouvintes apavorados tentando fugir do perigo.

Cartaz de propaganda da Rádio Novela “A Guerra dos Mundos”

O medo paralisou três cidades e houve pânico principalmente em localidades próximas a New Jersey, de onde a CBS emitia e onde Welles ambientou sua história. Houve fuga em massa e reações desesperadas de moradores também em Newark e New York. A peça radiofônica, de autoria de Howard Koch, com a colaboração de Paul Stewart e baseada na obra de Wells (1866-1946), ficou conhecida também como “rádio do pânico”.

O programa foi feito com todas as características do radio jornalismo: reportagens na rua, entrevistas com testemunhas, opinião de peritos e autoridades. Welles, por exemplo, interpretou um astrônomo. Tudo isso dava a impressão de que os fatos eram reais e ao vivo. Para passar ainda mais realismo, investiram em sonoplastia: o som das naves foi feito com a descarga do banheiro!

Invasão dos Marcianos na versão da época

Para envolver ainda mais os ouvintes, a transmissão teve sua história atualizada e adaptada da Inglaterra para os EUA. Na versão, a pequena cidade de Grover’s Mill, no interior de New Jersey, foi escolhida ao acaso como a primeira parada dos alienígenas no nosso planeta. Ironicamente, lá, a população não entrou em pânico com o programa, provavelmente porque simplesmente olhavam pela janela e notavam que estava tudo bem.

O estrago foi grande. No dia seguinte, jornais de todo o mundo noticiavam o pânico causado pela transmissão, e o governo norte-americano exigiu uma cópia do programa para análise e, nos meses seguintes, Welles e a CBS foram alvo de centenas de ações na Justiça, mas nenhuma foi bem-sucedida.
O livro “A Guerra dos Mundos”, publicado em 1898, era uma de suas obras mais conhecidas, tendo Londres como cenário. Ele escreveu num estilo bastante jornalístico e tecnologicamente atualizado para sua época. A transmissão de “A Guerra dos Mundos” foi também um alerta para o próprio meio de comunicação “rádio”.

Ficou evidente que sua influência era tão forte a ponto de poder causar reações imprevisíveis nos ouvintes. A invasão dos marcianos não só tornou Orson Welles mundialmente famoso como é, segundo cientistas de comunicação, “o programa que mais marcou a história da mídia no século 20“. http://www.dw.com/pt-br/1938-p%C3%A2nico-ap%C3%B3s-transmiss%C3%A3o-de-guerra-dos-mundos/a-956037 .

A Guerra dos Mundos” é até hoje o maior evento ‘midiático’ da história do rádio, ao passo que até uma emissora brasileira, a Rádio Difusora de São Luiz, Maranhão em 30/10/1971, (também em véspera de Halloween,mas segundo relatos por pura coincidência), reprisou a narrativa de Orson Welles, como se a invasão alienígena estivesse ocorrendo no Brasil e nos Estados Unidoshttp://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/10/programa-de-radio-que-causou-panico-no-maranhao-faz-40-anos.html.

Por aqui imperou uma vez mais a criatividade do brasileiro, pois diferentemente de Welles, lá em São Luis no Maranhão, em 30/10/1971 a intenção foi mesmo ‘pregar uma peça’ nos ouvintes da rádio, e aí meus amigos, essa transmissão mereceria o ‘Oscar da Comunicação Mundial’, pois os Radialistas Sérgio Brito, hoje com 79 anos, ‘Roteirista’ e Manoel Pereira, hoje com 68 anos responsável pelos efeitos sonoros, foram os criadores participantes da encenação, inventaram as mais diversas situações que uma invasão desse porte poderia causar, com informações de “milhões de mortos em todo os Estados Unidos”, com informações de “pânico total na Europa”, “sons das naves dos Marcianos”, “mudança da capital da Rússia de Moscou para São Petersburgo”, enfim, uma encenação perfeita que torna-se impossível hoje ouvir e não ‘morrer de rir’ com as ‘informações’ que não paravam de chegar à Rádio. Simplesmente sensacional e deve ser ouvida!

Nos Estados Unidos Welles interpretava uma radio novela e alardeava o corre-corre das pessoas, os engarrafamentos, o desespero e todo o ambiente de catástrofe diante da invasão alienígena, mas lá no Maranhão o idealizador do roteiro da Rádio Difusora procurou, de forma sutil, evitar uma onda de evasão da cidade, possivelmente tratando de não criar perigo à população, e lá em São Luis foi possível ‘bloquear’ essa evasão devido a posição geográfica da cidade, que está situada em uma ilha que comporta mais três municípios, a capital São Luís é ligada ao continente por uma ponte no Estreito dos Mosquitos, logo após, avançando no continente, está situado o Campo de Perizes.

Assim, visando evitar uma fuga em massa e desespero, o roteirista escolheu como “campo de pouso” da nave alienígena o Campo de Perizes para que ninguém ousasse sair da cidade por via terrestre, já que inevitavelmente teria de passar pelo ponto de maior perigo, onde a equipe de reportagem formada por Jota Alves e Eracias Bezerra morreu carbonizada, tal qual o repórter Phillips em A Guerra dos Mundos. Espetacular a radiação, digna mesmo de um ‘Oscar’!

Áudio com a transmissão ao vivo no Maranhão em 1971 no link abaixo, para ‘chorar de rir’: http://kamaleao.com/saoluis/4908/livro-outubro-71-memorias-fantasticas-da-guerra-dos-mundos#ixzz57BSUun3U

Sérgio Brito da Rádio Difusora São Luis MA
Manoel Pereira da Rádio Difusora São Luis

Essa transmissão radialista ao vivo da “invasão da terra por extraterrestres” torna-se ainda mais inusitada no Maranhão de 1971, pois o País estava em plena ditadura e ninguém foi preso! Segundo notícias da época, os radialistas foram obrigados a entregar uma gravação em fita do programa à Polícia Federal, mas antes deram um jeito de enxertar nela avisos de que o programa era uma obra de ficção, avisos que não foram feitos na transmissão ao vivo preparada para comemorar o aniversário da Rádio Difusora, de São Luís.

“A Guerra dos Mundos de São Luís do Maranhão” foi desencadeada dentro do programa de rádio Paradão do Rayol, ou Hit Parade, líder em audiência nas manhãs de sábado, apresentado na época por Rayol Filho. No entanto, um antecedente daria mais tom de mistério à peça radiofônica que estaria por vir. Toda a estratégia montada pela Rádio Difusora visava anular a idéia de um programa específico sobre a invasão dos alienígenas, de forma que a seqüência da programação da emissora se apresentasse normal aos ouvintes.

Nos antecedentes, ainda no início da manhã, o radialista José Branco finaliza o programa musical “Quem manda é você” anunciando que na seqüência o intelectual Bernardo de Almeida iria entrevistar um astrônomo do Observatório Nacional que estava no Maranhão, para investigar vestígios de uma aeronave que teria aterrissado em Cururupu, município do litoral maranhense, onde existe uma modalidade de areia especial denominada “monazítica”.

O cientista era representado pelo ator Reinaldo Faray, já falecido. Então criava-se um suspense, porque o programa apresentado por Bernardo de Almeida era veiculado na TV Difusora e estaria sendo encaixado excepcionalmente na rádio porque o cientista estava de passagem por São Luís e seguia viagem para Cururupu. Como não poderia ser entrevistado na TV, que só entrava no ar às 15 horas, a emissora não perderia a oportunidade de obter as informações do cientista em primeira mão. Tudo era anunciado como um “furo de reportagem”. Maravilhoso! Fonte: GT2 História da Mídia Sonora.

Portanto, a versão Maranhense que aconteceu em plena ditadura militar e levou até tropas do exército a ocuparem a Rádio Difusora, é considerada um dos marcos da história do rádio e do jornalismo no Estado do Maranhão, e podemos dizer do Brasil inteiro, e, guardadas as proporções, a transmissão Maranhense foi tão impactante quanto a do famoso Orson Welles em 1938!

Hoje pela Internet encontramos diversas informações sobre essas transmissões, e conta-se ainda que o comércio de São Luis fechou, pois muitos alegaram que ‘queriam esperar a morte junto aos seus entes queridos’, o que fez com que os taxistas naquele dia faturassem a renda de uma semana em apenas poucas horas de trabalho.
Na memória coletiva da cidade há lembranças de pessoas acendendo velas, pregadores reunindo grupos para a leitura do Evangelho, e políticos proeminentes confessando traições amorosas, recebimentos de propinas (já naquela época), e pedindo perdão de joelhos às mulheres, enfim, um pandemônio.

Além disso, uma unidade do Corpo de Bombeiros chegou a ser acionada durante o programa, e um oficial do Exército que participava de um churrasco em Pinheiro, a cerca de 90 km de São Luís, fretou um vôo (depois pago pela rádio Difusora) para levá-lo à capital, onde constatou que o relato da Difusora não correspondia à realidade. Por causa disso, e depois de encerrada a transmissão, uma patrulha do Exército invadiu a rádio e exigiu que a rádio fosse lacrada – a emissora ficou fechada por três dias.
“Quando a ficha caiu, eu acho que as pessoas ficaram com muita vergonha de terem sido enganadas. Isso ajudou também a esfriar o assunto e deixar que ele praticamente ficasse esquecido por quatro décadas”, analisa Pereirinha.
Fonte: http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?id=214633&noticia=programa-de-radio-que-causou-panico-no-maranhao-faz-40-anos

A experiência de “A Guerra dos Mundos” já foi repetida ainda em alguns países, com resultados semelhantes ou até mais graves. No Chile, em 1944, o susto provocou pelo menos um ataque cardíaco fatal. No Equador, em 1949, uma multidão enfurecida – por ter sido enganada – incendiou a rádio que transmitiu o programa, matando seis funcionários.
No Brasil, houve outras experiências inspiradas no exemplo de Orson Welles, mas a mais sensacional delas foi a do Maranhão. A legislação brasileira de radiodifusão – como a de quase todo o mundo na atualidade – pune com rigor este tipo de uso do meio, podendo suspender a emissora e até cassar sua concessão. Para a sorte da CBS e de Orson Welles, ainda não havia este tipo de legislação nos Estados Unidos de 1938, o que os livrou de milhares de processos e pedidos de indenização – http://www2.carosouvintes.org.br/o-dia-em-que-a-terra-pirou/

Longe de mim a pretensão de equiparar-me com meus “lambaris da Finlândia” à narrativa de “A Guerra dos mundos” por Orson Welles, fato é que sempre ocorreram “fake news” e em qualquer nível elas sempre mexem com o nosso imaginário e podem criar as mais variadas situações em nossos grupos sociais ou em nossa sociedade.

A diferença é que Welles criou o maior fenômeno do rádio até hoje com uma “fake news” sem ter a mínima intenção disso, pois dentro do estúdio da rádio transmitia uma rádio novela com características bem reais para a época, repita-se, inovando até na sonoplastia com uma ‘descarga de banheiro’ como som de naves marcianas, tornando-se merecidamente um dos maiores Diretores do cinema mundial.

Hoje em dia com a infinidade de notícias nos milhares de meios de comunicação existentes (fora o Google), o risco de ler alguma notícia, no mínimo duvidosa, é grande, e por isso é preciso ter cautela para levar adiante qualquer informação “meio estranha” e não comerem “lambaris da Finlândia”.

Nos links abaixo o programa completo da Rádio Difusora de São Luis em 1971, uma audição obrigatória para os amantes do rádio e das ‘boas estórias’!

1ª parte da transmissão –
2ª parte da transmissão –

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BIOGRAFIA ****** Sérgio Lima, ex-jogador profissional de futebol, natural de Campos dos Goytacazes, começou sua carreira no Americano onde jogou em todas as categorias e foi campeão Estadual no ano de 1969. Em 1970, transferiu-se para o juvenil do América do Rio, tornando-se artilheiro da Taça Guanabara de 1973 e vice-artilheiro brasileiro Carioca de 1973. Em 1974, sua história foi ilustrada luxuosamente com o Internacional de Porto Alegre, Hexa Campeão Gaúcho invicto. Em 1975, formou um excelente time do Guarani de Campinas, com grandes jogadores, Ziza, Amaral,Renato, Miranda, Davi, Alexandre Bueno, Edinaldo, Erb Rocha, Sergio Gomes, Hamilton, Rocha. que foi base do Campeão em 1978. Em 1976, transferiu-se para o futebol mexicano onde ficou por 8 anos: Club Jalísco, e Atlas Fútbol Club ambos da cidade de Guadalajara, Morélia da cidade de Morélia, Michoacan e Union de Curtidores da cidade de Leon, Guanajuato. Em 1984, retornou ao Brasil para o Botafogo do Rio. ****** Em 1985 foi contratado pelo Cabofriense, da cidade de Cabo Frio,estado do Rio, onde encerrou sua carreira. Presente em Guadalajara na Copa do Mundo 1986 no México, trabalhou como comentarista esportivo na rádio local chamada "Canal 58" de Guadalajara. Após a copa do Mundo de 1986, começou sua trajetória de 30 anos, nos Estados Unidos da América,, onde foi convidado pela Universidade de Houston Texas, através do seu responsável o excelentíssimo Professor Franco para participar como instrutor do “Cugar Soccer Summer Camp” durante duas semanas. Na sequência, depois de várias participações, em diferentes Soccer Camps no Texas, fundou, oficializou e legalizou a Brazilian Soccer Academy com o apoio espetacular do grande amigo Skip Belt. Com experiência de muitos anos dentro do campo, passou conhecimento e os fundamentos básicos do futebol do Brasil para um número incontável de jovens americanos. ****** Convidado pelo consulado Mexicano, idealizou e apresentou o projeto Houston Soccer After School Program para City of Houston Park and Recreation em 1994, para benefício de crianças e jovens entre 6 a 17 anos. Isso ocorreu na área metropolitana da cidade, onde concentrava a grande maioria de crianças e jovens negros e mexicanos, na época estavam com extremo e grande problema social que os envolvia com drogas e as abomináveis gangues. Desafio aceito, e o programa foi desenhado, aproveitando a infraestrutura dos Parks da cidade. O passo a passo foi dividido em três fases básicas: 1 - Criou-se liga em cada Park, onde havia jogos entre eles. 2 – Todos os meses havia Torneios entre todos os Parks. 3 - Criou-se seleções para jogarem contra jovens das outros áreas, e diferentes estados, sempre cuidando com os mínimos detalhes dos dispositivos e ensinamentos básicos do respeitado futebol do Brasil, para atrair e motivar a todos. O requisito principal era estar e manter boas notas e presença na escola, para desfrutar dos benefícios, recebendo gratuitamente todos os materiais de primeira linha doados por um conhecido patrocinador. Finalmente, aos 17 anos tinham a oportunidade de receber uma bolsa de estudos para ingressar em uma universidade americana. Foi apresentado e aprovado e Sérgio se transformou em funcionário público da cidade de Houston por 17 anos, até a sua aposentadoria. Muitíssimos jovens foram beneficiados pelo programa mudando radicalmente suas vidas, as drogas e gangues desapareceram. Sérgio fez o curso de treinador da Federação Americana de Futebol, recebendo a "Licença National B' e assumiu como Coach principal da South Texas Soccer Select Team Open Age From 1994 to 1996, tornando-se o primeiro treinador brasileiro e negro "Afrodescendente" a dirigir a Seleção do Sul do Estado do Texas. ****** No ano de 1992, Fundou o Jornal Vida Brasil Texas, tornou-se editor, onde ficou por 28 anos, sendo 24 anos impressos e os últimos 4 anos digital em português. Fundou em 2004, a Revista Brazilian Texas Magazine, é seu Editor . A revista até 2015 foi impressa, em 2016, passou a publicação digital em inglês. ****** 1 - Compositor, teve participação do CD Brasil Forever 1997 da Banda brasileira no criada no Texas em 1993 com finalidade de promover a cultura do Brasil. Banda “Atravessados de Houston” – Texas, com tiragem de 10 mil CDs. Sérgio Lima teve a participação com 10 músicas 8 autorais e mais duas com parcerias. 2 - Compositor da música “I Love Rio”, escrita e inglês em homenagem ao Rio de Janeiro, com a luxuosa interpretação da excelente Elicia Oliveira em ingrês (Está disponível no YouTube). https://www.youtube.com/watch?v=l39hfwOkyYU&t=18s ****** Representou a comunidade brasileira do Texas na I Conferência “Brasileiros no Mundo”, realizada em maio de 2008, com uma extrema característica acadêmica. ****** A II Conferência “Brasileiros no Mundo”, realizada em outubro 2009, se desenvolveu com uma acentuada conotação política, tornando, em certos momentos, o diálogo tenso, desconfortável e, até certo ponto, cansativo, devido à falta de elasticidade de algumas lideranças, acostumadas, creio, a pontuar e determinar o rumo das conversas e decisões, em suas áreas ou comunidades no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, de iniciativa da Fundação Alexandre de Gusmão – FUNAG, órgão ligado ao Ministério das Relações Exteriores – MRE. ****** Sérgio criou o espaço Brasil especial na Biblioteca central da cidade de Houston e conseguiu doações de livros de algumas instituições das comunidades brasileiras de outros estados americanos para compor o espaço. Recebeu o Prêmio Brazilian International Press Ward, por 3 vezes, em reconhecimento pelos trabalhos como editor do Jornal Vida Brasil Texas em português, e revista Brazilian Texas Magazine em inglês – 2011. ****** ORIGINAL ARTICLE “AFRO DECENDENTES NA MÍDIA BRASILEIRA”. You are a winner for the 15th Annual Brazilian International PRESS AWARDS. Your outstanding performance and contribution for the Brazilian Culture was recognized by the Media and Cultural Leaders of the Brazilian Community in the United States. Join us for the 15th celebration of the Brazilian Cultural presence in the U.S. The Award Ceremony will be held at the Cinema Paradiso • Fort Lauderdale May 3rd 2012.

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