BIOGRAFIA
******
Sérgio Lima, ex-jogador profissional de futebol, natural de Campos dos Goytacazes, começou sua carreira no Americano onde jogou em todas as categorias e foi campeão Estadual no ano de 1969. Em 1970, transferiu-se para o juvenil do América do Rio, tornando-se artilheiro da Taça Guanabara de 1973 e vice-artilheiro brasileiro Carioca de 1973. Em 1974, sua história foi ilustrada luxuosamente com o Internacional de Porto Alegre, Hexa Campeão Gaúcho invicto. Em 1975, formou um excelente time do Guarani de Campinas, com grandes jogadores, Ziza, Amaral,Renato, Miranda, Davi, Alexandre Bueno, Edinaldo, Erb Rocha, Sergio Gomes, Hamilton, Rocha. que foi base do Campeão em 1978. Em 1976, transferiu-se para o futebol mexicano onde ficou por 8 anos: Club Jalísco, e Atlas Fútbol Club ambos da cidade de Guadalajara, Morélia da cidade de Morélia, Michoacan e Union de Curtidores da cidade de Leon, Guanajuato. Em 1984, retornou ao Brasil para o Botafogo do Rio.
******
Em 1985 foi contratado pelo Cabofriense, da cidade de Cabo Frio,estado do Rio, onde encerrou sua carreira. Presente em Guadalajara na Copa do Mundo 1986 no México, trabalhou como comentarista esportivo na rádio local chamada "Canal 58" de Guadalajara. Após a copa do Mundo de 1986, começou sua trajetória de 30 anos, nos Estados Unidos da América,, onde foi convidado pela Universidade de Houston Texas, através do seu responsável o excelentíssimo Professor Franco para participar como instrutor do “Cugar Soccer Summer Camp” durante duas semanas. Na sequência, depois de várias participações, em diferentes Soccer Camps no Texas, fundou, oficializou e legalizou a Brazilian Soccer Academy com o apoio espetacular do grande amigo Skip Belt. Com experiência de muitos anos dentro do campo, passou conhecimento e os fundamentos básicos do futebol do Brasil para um número incontável de jovens americanos.
******
Convidado pelo consulado Mexicano, idealizou e apresentou o projeto Houston Soccer After School Program para City of Houston Park and Recreation em 1994, para benefício de crianças e jovens entre 6 a 17 anos. Isso ocorreu na área metropolitana da cidade, onde concentrava a grande maioria de crianças e jovens negros e mexicanos, na época estavam com extremo e grande problema social que os envolvia com drogas e as abomináveis gangues. Desafio aceito, e o programa foi desenhado, aproveitando a infraestrutura dos Parks da cidade. O passo a passo foi dividido em três fases básicas:
1 - Criou-se liga em cada Park, onde havia jogos entre eles.
2 – Todos os meses havia Torneios entre todos os Parks.
3 - Criou-se seleções para jogarem contra jovens das outros áreas, e diferentes estados, sempre cuidando com os mínimos detalhes dos dispositivos e ensinamentos básicos do respeitado futebol do Brasil, para atrair e motivar a todos. O requisito principal era estar e manter boas notas e presença na escola, para desfrutar dos benefícios, recebendo gratuitamente todos os materiais de primeira linha doados por um conhecido patrocinador.
Finalmente, aos 17 anos tinham a oportunidade de receber uma bolsa de estudos para ingressar em uma universidade americana. Foi apresentado e aprovado e Sérgio se transformou em funcionário público da cidade de Houston por 17 anos, até a sua aposentadoria. Muitíssimos jovens foram beneficiados pelo programa mudando radicalmente suas vidas, as drogas e gangues desapareceram. Sérgio fez o curso de treinador da Federação Americana de Futebol, recebendo a "Licença National B' e assumiu como Coach principal da South Texas Soccer Select Team Open Age From 1994 to 1996, tornando-se o primeiro treinador brasileiro e negro "Afrodescendente" a dirigir a Seleção do Sul do Estado do Texas.
******
No ano de 1992, Fundou o Jornal Vida Brasil Texas, tornou-se editor, onde ficou por 28 anos, sendo 24 anos impressos e os últimos 4 anos digital em português. Fundou em 2004, a Revista Brazilian Texas Magazine, é seu Editor . A revista até 2015 foi impressa, em 2016, passou a publicação digital em inglês.
******
1 - Compositor, teve participação do CD Brasil Forever 1997 da Banda brasileira no criada no Texas em 1993 com finalidade de promover a cultura do Brasil. Banda “Atravessados de Houston” – Texas, com tiragem de 10 mil CDs. Sérgio Lima teve a participação com 10 músicas 8 autorais e mais duas com parcerias.
2 - Compositor da música “I Love Rio”, escrita e inglês em homenagem ao Rio de Janeiro, com a luxuosa interpretação da excelente Elicia Oliveira em ingrês (Está disponível no YouTube). https://www.youtube.com/watch?v=l39hfwOkyYU&t=18s
******
Representou a comunidade brasileira do Texas na I Conferência “Brasileiros no Mundo”, realizada em maio de 2008, com uma extrema característica acadêmica.
******
A II Conferência “Brasileiros no Mundo”, realizada em outubro 2009, se desenvolveu com uma acentuada conotação política, tornando, em certos momentos, o diálogo tenso, desconfortável e, até certo ponto, cansativo, devido à falta de elasticidade de algumas lideranças, acostumadas, creio, a pontuar e determinar o rumo das conversas e decisões, em suas áreas ou comunidades no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, de iniciativa da Fundação Alexandre de Gusmão – FUNAG, órgão ligado ao Ministério das Relações Exteriores – MRE.
******
Sérgio criou o espaço Brasil especial na Biblioteca central da cidade de Houston e conseguiu doações de livros de algumas instituições das comunidades brasileiras de outros estados americanos para compor o espaço. Recebeu o Prêmio Brazilian International Press Ward, por 3 vezes, em reconhecimento pelos trabalhos como editor do Jornal Vida Brasil Texas em português, e revista Brazilian Texas Magazine em inglês – 2011.
******
ORIGINAL ARTICLE “AFRO DECENDENTES NA MÍDIA BRASILEIRA”.
You are a winner for the 15th Annual Brazilian International PRESS AWARDS. Your outstanding performance and contribution for the Brazilian Culture was recognized by the Media and Cultural Leaders of the Brazilian Community in the United States. Join us for the 15th celebration of the Brazilian Cultural presence in the U.S. The Award Ceremony will be held at the Cinema Paradiso • Fort Lauderdale May 3rd 2012.
Sérgio Gomes Rodrigues
Há tempo me esforço para entender algumas manifestações estranhas de Carlinhos Brown, por se tratar de um grande talento da música e da expressão da cultura negra e, também, ter em sua trajetória uma atuação social muito forte no desenvolvimento cultural de sua comunidade de origem.
Durante a disputa presidencial de 2018 se apresentava em show e, diante de manifestação da plateia entoando “ele nao”, Brown interrompeu e advertiu: ” não me envolvam com isso, eu sou do Brasil que deu certo” , fiquei pensando o que isso poderia significar, senão uma reprovação a um posicionamento de sua plateia contra aquele que representava o fascismo, o racismo, e outras tantas aberrações anti-civilizatorias.
Na mesma época foi assassinado barbaramente o Moa do Katende por um bolsonarista em um debate político, fato que chocou a todos , motivando manifestações públicas de vários artistas, particularmente, baianos, coro do qual Brown não participou. Não sabia desse posicionamento dele contra as cotas, sobre o que não há compreensão possivel para mim.
Agora, nesse episódio, manifesta-se procurando negar o claro significado de uma atitude desonesta e de discriminação das religiões de matriz africana. Apesar de não entender o que isso tudo significa para ele, lamento muito que seja assim, pois, meu desejo seria que ele atuasse de modo coerente com a cultura de que se nutre e difunde com grande talento e empenho. Uma pena!
Luiz Henrique
Eu sempre me posicionei sobre artistas e política. Para mim artistas são pessoas comuns , com talento artístico onde se sobressaem . Não são filósofos, historiadores, sociólogos ou coisa parecida. Eu nunca me baseio por aquilo que falam . Caetano Veloso também foi contra cotas.
São ignorantes. Brown, acha melhor não polarizar , gosta de sincretizar, ignorante. Não é atoa que Salvador, com 85% de pessoas negras não elege prefeito nem vereadores negros, vivem o século XIX tardio. Como os meios de produção estão na mão da burguesia, não querem enfrentamento. Outro dia era a polêmica com a igreja Deus é amor. O que negros esperam do cristianismo? O que negros desejam dessas igrejas?
Ismael Cizzoto
Realmente é triste o posicionamento dele, mas eu já esperava. Ele já produziu ela e ganha dinheiro com ela. Embora Carlinhos seja parte da cultura negra e reforça isso nas músicas, nas vestes etc, quando o assunto é polêmico ele faz essas escolhas controversas. Acredito que a explicação esteja mais com Paulo Freire do que com Freud: o sonho do oprimido é se tornar opressor. Brown conhece a realidade do preto pobre nordestino, e prefere aparecer como um vencedor, como alguém que lutou e alcançou.
👏🏾👏🏾👏🏾👏🏾 excelente posicionamento.
Edmur Alves
Confesso que só agora com a postagem do Adinaldo é que tomei conhecimento dessa polêmica com Cláudia Leite. Não concordo com Brown, que saiu em defesa da amiga. Isso eu chamo de compadrismo. Ele preferiu sacrificar uma verdade clara e objetiva que ele próprio cultiva, para defender uma amiga, cuja manifestação preconceituosa é indefensável.
Como não ver preconceito religioso numa letra que originalmente diz: “Saudando a Rainha Iemanjá”, por “Eu canto meu Rei Yeshua”, termo que significa Jesus em Hebraico. Claro que é preconceito religioso. Não há desculpa para a retirada da palavra Iemanjá, por Yeshua, que é uma palavra que nem tem métrica musical e ritmica na letra. Cláudia Leite renegou a palavra Iemanjá, por intolerância clara, em função da sua conversão religiosa. Evangélica, ela foi coerente com o seu credo religioso de hoje, ou seja, navegou em mares que renega a cultura afro descendente.
Isso me fez lembrar de um outro artista que ao se converter evangélico, renegou também algumas de suas obras. Trata-se de Baden Powell. Desde que se tornou evangélico ele desdenhou dos belíssimos Afros- Sambas que fez com Vinicius de Morais. “O Samba da Benção”, por exemplo, ele nunca mais cantou porque disse que a palavra “Saravá”, é uma expressão de louvor a Satanás.
No samba “Canto de Iemanjá”, também não contaria para não contribuir com coisas “erradas”.
Eu tinha o disco em vinil “Os afrosambas, de Baden e Vinícius”. Lindo de se ouvir, com o violão magnífico de Baden que me transportava para dentro do ritual afro. “Canto de Ossanha, Canto de Xangô, Canto de Iemanjá, Canto da Pedra Preta, e Lamento de Exu”, sambas de beleza religiosa que eu ouvia com devoção. Depois eu quis comprar o disco em formato de CD, mas ele inexistia por aqui. porque a família não permitiu a gravação nessa nova tecnologia, em respeito ao músico, que renegara as obras. Eu só encontrei um CD importado, gravado nos Estados Unidos que comprei na livraria Cultura, a um preço muito mais caro que os nacionais.
Mas o curioso é que Baden disse que antes de se converter evangélico ele pesquisava os Cantos Gregorianos, e comparava os cantos africanos aos gregorianos. Como músico e pesquisador ele extraia dos cantos africanos a beleza que identificava com o seu objeto de estudo, que era a música sacra e litúrgica. Mas no campo evangélico o que se sobressai é a intolerância e a demonízacão da arte e da cultura africana exercitada no nosso país.
Responder
Texto muito interessante maninho. Confesso que só soube do ocorrido quando conversamos. Achei um grande absurdo a atitude da cantora em trocar o trecho da letra ao seu bel-prazer. Se deseja cultuar outra religião, então que produza uma canção com a letra que quiser.
Muito triste ver “esses posicionamentos” do Carlinhos Brown, uma pessoa tão culta e admirada por muitos deve se preocupar com o que diz em respeito às suas origens, ou, simplesmente calar-se. Decepção!