Fonte foto – Arquivo Jornal Vida Brasil Texas
Por Sergio Lima
O Jornal Vida Brasil Texas teve a honra de ser o único veículo brasileiro a participar da “Press Conference” junto à imprensa local de Houston, e entrevistar o jogador Ronaldinho Gaúcho, em um luxuoso hotel onde se encontrava hospedado, na área da Galleria.
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Foi uma entrevista relâmpago, antecedendo o jogo amistoso entre o Querétaro, do México (time do Ronaldinho Gaúcho), contra o Santos, de Torreon (outra equipe do futebol mexicano), jogo que seria realizado no Estadio do Dynamo de Houston, Texas, no dia 15 de Novembro de 2014.
Na Conferência de imprensa, o Jornal Vida Brasil Texas teve direito a fazer duas perguntas ao famoso jogador Ronaldinho Gaúcho.
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Entrevista
VB – Sendo você um vitorioso, campeão mundial com a seleção brasileira, campeão mundial de Clubes, por duas vezes considerado o melhor jogador do mundo pela FIFA, e tendo atuado em diferentes clubes na Europa e no Brasil, de onde vem a motivação para continuar jogando?
Ele riu e, modestamente, observou:
RG – Até que, enfim, alguém me faz uma pergunta em português. E em seguida respondeu: jogo futebol porque é a única coisa que sei fazer. Amo jogar, e enquanto perdurar esse amor, continuarei jogando.
VB – Você que jogou nos mais importantes clubes do mundo, e em todos foi bem sucedido, há algum deles, em particular, que tenha tocado mais fundo o seu coração?
Sempre rindo ele respondeu:
Fonte foto – Arquivo – Jornal Vida Brasil Texas – Sergio Lima e Ronaldinho Gaúcho
RG – Comecei no Grêmio, de Porto Alegre, aos 8 anos de idade, e lá permaneci até os 20 anos. Joguei no Barcelona, no Milan, no PSJ, no Flamengo, no Atlético Mineiro e, agora, no Querétaro, do México. Amei e amo a todos igualmente.
Na saída, eu e meu filho Pedro pedimos para tirar uma foto com o famoso jogador. Ele, sempre super gentil, concordou.
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Após a foto, o Pedro, que também jogava futebol, e que estava num lugar onde toda criança gostaria de estar, ao lado do jogador, exclamou maravilhado:
Papai! Papai! Eu toquei no Ronaldinho! Papai! Papai! Eu toquei no Ronaldinho!
O Pedro tremia e suava frio. Nervoso, repetia baixinho: caramba! Papai! Papai! eu toquei nele. O Pedro estava incrédulo, não sei o que ele achava, creio que quis tocar no Ronaldinho para verificar se ele era realmente um ser humano normal.
Assim, com Pedro feliz e nervoso, se encerrou a “Press Conference” com aquele extraordinário jogador e cidadão brasileiro.
Fonte foto – Arquivo – Jornal Vida Brasil Texas
Não o encontramos mais nos dias que se seguiram. No entanto, satisfeitos com o acolhimento com que ele e seu gentil irmão Assis nos haviam brindado, resolvemos ir vê-lo mais uma vez, onde ele mais gostava de se exibir: no estádio de futebol.
Lá, analisando o jogo sob a visão de profissional, sem deixar, contudo, de ser torcedor junto com meu filho Pedro, vimos alguns lances que lembraram a sua genialidade na sua longa trajetória pelos campos de futebol do mundo.
Fonte foto – Arquivo – Jornal Vida Brasil Texas – Sergio Lima, Assis Moreira, Pedro Lima
Vimos também a pobreza do futebol atual, onde o goleiro toca mais na bola com os pés do que o centro-avante. Na arquibancada, nós e os demais espectadores, torcíamos para que passassem a bola para o Ronaldinho. Mas isso não acontecia.
Em um dado momento, um jogador do time opositor, ao perceber que Ronaldinho, agora com a posse da bola, iria tentar um de seus famosos dribles, numa fúria incontrolável deu-lhe uma entrada criminosa e desnecessária, o que lhe rendeu a expulsão do jogo.
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Aos 15 minutos do segundo tempo, Ronaldinho foi substituído. Eu, Pedro e muitos outros torcedores abandonamos o estádio, pondo um ponto final nesse momento histórico da passagem do genial, mágico e fantástico Ronaldinho Gaúcho por Houston.
Embora a direção do jogo tivesse reservado para a imprensa um local privilegiado e extremamente confortável, preferimos assistir ao jogo em pé. É em pé que devemos assistir e reverenciar esse tipo de artista.
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Para mim, Ronaldinho é um jogador extraordinário. Mestre da bola ainda que as suas intervenções não sejam como as do passado, elas ainda tem os belíssimos traços dos mais exímios mestres.
Repito: Ele é um gênio, e aos gênios devemos aplaudir de pé.
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Por Sergio Lima