Geraldinho com a camisa do Unión de Curtidores da cidade de Leon-Guanajuato, México, entre 1980 e 1981. O uniforme é muito parecido com o que Ponte Preta e Vasco da Gama usavam nessa época.
Por Sergio Lima.
Geraldinho Nazaré jogava muito. Ponta direita habilidoso, pernas nervosas, rápido. Parecia até ser um mestre-sala da Mangueira. Era irreverente, abusado, insistente e atrevido. Ficava zanzando, gingando com a bola na frente dos laterais, e depois saía como uma flecha venenosa em direção ao gol, babando, cheio de más intenções para cima dos infelizes zagueiros, que vinham na cobertura.
Nazaré chutava muito bem e cruzava com extrema perfeição sempre na cabeça dos mortais atacantes. E ficava rindo quando finalizava a jogada e estes não faziam o gol. No Brasil, eu desfrutava muito de seus talentos, quando jogávamos junto no Cabofriense. Metia meus golzinhos.
Já no México, confesso que quando jogava contra ele, eu também dava muitas risadas quando ele infernizava a rapaziada da defesa dos meus times. Era abusado, esse meu amigão Geraldinho Nazaré. Velhos e bons tempos.
Toninho, Wilson Manoel, Paulo Verdan, Júlio Marinho, Agachados – Cuia, Lutércio, Cal, Sergio Lima e Geraldinho.
Por Sergio Lima.
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José Geraldo Nazaré Teixeira, nascido em 14 de dezembro de 1955, Geraldinho começou sua carreira futebolística em 1967 no Canarinhos F.C.. Em 1970 foi campeão carioca de “pelada”, disputando o campeonato pelo Capri F.C, torneio patrocinado pelo Jornal dos Sports. Suas atuações consistentes levaram-no à Seleção Carioca de “Dentes-de-Leite”. Em 1971 ingressou no Fluminense F.C do Rio de Janeiro, onde ficou até 1975, quando tornou-se campeão carioca na categoria Juniores.
Em seguida foi emprestado ao E.C.Vitória, tendo sagrado-se campeão baiano do 1º turno em 1976, mas com tempo de retornar ao Fluminense para participar da campanha vitoriosa do campeonato carioca de 1976, integrando a chamada “Máquina Tricolor.
Geraldinho Campeão Carioca com a maquina tricolor do Fluminense em 1976.
O Fluminense de 1976, campeão carioca. Em pé: o técnico Mario Travaglini, Felix, Doval, Carlos Alberto Torres, Fernando, Nielsen, Renato, Luis Alberto e Maurição. Sentados: Rubens Galaxe, Carlos Alberto Pintinho, Rodrigues Neto, Paulo César Caju, Rivelino, Gil e Miguel. Abaixo: Célio de Barros (da comissão técnica), Dirceu, Carlinhos, Geraldinho, Aloísio e Sebastião Araújo (da comissão técnica).
Geraldinho ainda passou por Fortaleza (CE), Seleção Cearense, Americano (RJ), Internacional de Limeira (SP), União de Curtidores (León-GTO-México) e A.A. Cabofriense (RJ), onde encerrou sua carreira como jogador.
Geraldinho estava jogando no Fortaleza e foi convocado para Seleção Cearense em 1977.
Utilero Macías, kalu, Lupe Zavala, Cuchillo Herrera, David Sepúlveda, Geraldo Goncalves, Rubí Valencia, Nazaret, Juan Carlos da Rosa, José chicha Martínez, Gallo Villalobos y Sabanita Rivera – Equipe do União de Curtidores da cidade de León, Guanajuato no México – O Geraldinho defendeu a equipe entre 1980 e 1981. O uniforme é muito parecido com o que Ponte Preta e Vasco da Gama usavam nessa época.
Geraldinho, hoje Janeiro de 2024, mora na cidade de Cabo Frio, interior do Rio de Janeiro, e vive tranquilamente da sua aposentadoria, super feliz com sua família, curtindo filhas e netos na paz de Deus.
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Fonte – https://terceirotempo.uol.com.br/que-fim-levou/geraldinho-2314
Informações enviadas por Luiz Dufrayer
Organização e edição de fotos de Marcos Júnior