Fonte foto – Wikipédia, a enciclopédia livre
Eu estava lá, e vi com estes olhos que a Terra há de comer. Vou contar com os mínimos detalhes pois quero compartilhar com vocês, este momento incondicional de grande amor e paixão aguda. A noite estava linda, e o dia tinha estado quente, maravilhoso. A praia repleta, e naquela noite a rapaziada bebericava um ou outro chopinho e degustava um camarão frito, linguicinha, e carne seca.
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Todos os tradicionais tira-gostos da culinária brasileira. O bar do Zezé estava repleto pois era aconchegante , na avenida beira-mar. O corpo a corpo era genial e fatal.
Fonte foto – Arquivo pessoal de Sergio Luis C. Lima
Cada qual querendo mostrar seu corpo e se possível estacionar seu carro quase dentro do local, para aparecer mais e encher os olhos das gatinhas que adoram um carro importado e esporte. Bem, a noite estava começando. Era 1 da manhã, sexta-feira. A moçada da Tijuca, de Juiz de Fora e BH estava em peso. Cabo Frio, Rio de Janeiro, estava brilhando.
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As ondas mansas refletiam no seu desaguar na praia o brilho do luar, deixando na sua calmaria no retorno da sua formação, mariscos, moluscos e conchas, enfeitando a areia branca onde se escondiam, numa rapidez pensada, mas não explicada, por ser segredo da natureza.
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De repente, todos no local olham para uma só direção, enquanto outros mais exaltados gritavam e aplaudiam. Saindo de uma Ferrari vermelha conversível, novinha, uma loira muito bonita. Tinha tudo a ver com a Gisele B. tal o porte imponente da moça! A galera olhava, com olhar babando de pidão.
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Ela entrou só, toda de branco, vestida em mini saia curtíssima, deixando para a imaginação os demais apetrechos. Com um sorriso no canto da boca, sabedora do fuzuê que causou, sentou se e todos acompanharam para ver quem era o felizardo.
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Mas ela sentou-se, e nada demais! O celular tocou, ela atendeu, levantou-se e andou pelo recinto, de um lado para outro. Como se fosse no Maracanã, todos olhavam e acompanhavam o possível desenrolar da trama, como se fosse uma jogada do Neymar, pois ela parecia nervosa.
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De repente ela falou: “Vou me matar” e caiu imediatamente, desabou, desmaiou. A correria foi total. Vários marmanjos se empurrando querendo fazer respiração boca a boca, tentando recuperar a moça. Parecia uma corrida de maratona. Era o desejo e interesse geral em auxiliá-la, socorrer e prestar os primeiros socorros a bonita donzela. Ouviu-se um grito em bem alto e todos que estavam ao redor da moça estendida, corpo lindo, inerte no chão, levaram um susto e olharam em direção da rua.
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Uma moçoila desceu de um táxi e saiu correndo, desesperada e se jogou em cima da loira, aos prantos, pedindo perdão, perdão. Neste exato momento, como se fosse um milagre, a lindona da Ferrari Vermelha, abriu os olhos verdes amendoados e as duas se beijaram, apaixonadamente.
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Os marmanjos, no maior respeito, na moral, no veneno, no sapatinho, em um zum zum zum, extremamente desolados foram saindo de mansinho, enquanto as duas ajoelhadas, entre risos e lágrimas, trocavam juras de amor.
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Por Sergio Lima